segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lá fora a chuva caí...e a audiência...

Domingo é um dia triste. Não exatamente o dia. Eu adoro o domingo. É o dia do chima na Redenção, de encontrar os amigos, de colocar o papo em dia. Dia de dar risada, de passar na Cidade Baixa, tomar uma cervejinha, ver o Grêmio jogar.
Infelizmente, tais práticas vão por água abaixo quando a chuva caí. Sou obrigada a ficar em casa.
E então, inicia-se o suplício. Tentar encontrar algo que preste na televisão é algo difícil, pra não dizer deprimente.
Num canal vejo "repórteres" transvestidos de famosos, debochando e ironizando tudo que é possível. Até mesmo mulheres feias são lançadas em concursos denominados como a "musa da praia". Mulheres exuberantes são colocadas na frente da TV praticamente nuas. Promovendo a ideia do "se beber não dirija", mulheres são usadas e colocadas a disposição para brincadeiras sem a menor graça, levando o "bêbado" em segurança para casa acabam dentro do chuveiro com os mesmos.
Em outro canal, pegadinhas - provavelmente de origem européia - mostram mulheres de peitos de fora, em horário nobre. É o caos da televisão brasileira. Mas isso não acaba por aí.
Em plena segunda-feira tenho que rir - pra não chorar - com a novela das 8, que inicia as 9. Um cara de seus 50 anos, casa com uma mulher de 30(?) e faz ceninhas de ciúmes por ela já ter ficado, transado com outros caras? Por favor, isso é coisa de adolescente. Não é uma atitude esperada de um cara bem resolvido que não se preocupa em ser mais velho que sua mulher -se fosse o caso pegava uma velhota. Ah, façam-me o favor! E o pior de tudo é que o povo vê. O problema nem é ver. A questão gira em torno do ver e não ter um minímo de olhar crítico de toda essa situação. Em horário nobre - em uma das maiores emissoras de televisão do mundo - se esbanja uma vida de luxúrias e riquezas, onde a "mocinha" só sabe falar em dinheiro e em "milionário". Uma vida muito pomposa, não?! Talvez a vida que a maioria dos brasileiros quisessem ter...e por isso....
Vemos também na noite de domingo, tão trágica noite foi essa, a disputa por 500 mil reais. Três mulheres na final. Elas participam de um jogo há mais de 2 meses. E no final fica aquela pergunta: O que vale no jogo? E assim encontramos a resposta. Vale tudo. Mas fiquei feliz com o resultado. Já que aquilo tudo tinha sido uma palhaçada, um monte de babaquice, tinha que ganhar...a idiota! É óbvio. Por que a outra idiota, se considerando a mais inteligente - e talvez, dentro das alternativas fosse mesmo - eliminou todos que considerava fortes. Pois bem, e na hora final, pelo sua jogada cheia de ações um tanto quanto nebulosas, acabou por desencadear uma forte situação de rancor entre os participantes eliminados e assim, perdeu. Perdeu por querer (ou ser) esperta demais. Que idiotice!
Mas, quem lê tais críticas pode me questionar: E tu, ficaste olhando isto? Mas é óbvio! A televisão nada mais é do que a representação exata do seu espectador. Basta ver o que se passa nos canais da TV para entender o porque de andarmos em um mundo repleto de injustiças, de governadores que roubam e passam ilesos, e assim por diante. Essa é a cultura popular...além do mais...como vou manter minhas conversas com os simples mortais??

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ana avistou uma árvore na sua frente. Era imensa e tinha um fruto divino, vermelho e saboroso. Subiu devagar pelos galhos mais baixos, vencendo seu medo. Superou o medo de altura e alcançou o fruto mais alto. Saboreou-o com prazer.
Daquele galho mais alto, enxergou uma bela cachoeira. Chamou os amigos mais queridos e sinceros, que sempre a acompanham com alegria e afeição.
Foram banhar-se. Passaram horas ali. A água ainda gelada, fazia seus corpos arrepiarem. Brincavam, mergulhavam. Divertiam-se como nunca.
O sol brilhava de forma intensa e afastava o frio. Os pássaros eram a trilha sonora daquele dia. Cantavam e bailavam pelo ar, colorindo o azul do céu com as cores da natureza.
No jardim ao redor, uma imensidão de cores - algumas raras de se ver na natureza. O perfume se espalhava. Beija-flores e borboletas disputavam seu lugar nas pétulas macias e firmes.
Saíram da cachoeira e deitaram-se no extenso gramado. Agora brincavam de rolar na grama. Ana dava gargalhadas. Sorria na companhia das pessoas que mais gostava.
Em alguns instantes, o sol se despediu. Era a hora da lua compartilhar com aquelas crianças o brilho das estrelas. Ana fecha seu livro e deita suave em sua cama. É hora de dormir.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

1 minuto de silêncio

Hoje faço um minuto de silêncio
Pelas minhas palavras duras
Pelos meus tropeços
E pelas mágoas que carrego no peito.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Inquietude

Fazia tanto tempo que eu não chorava, mas foi justamente você que fez a lágrima rolar. Uma única lágrima. Não sei se era de dor, alegria, tristeza...não a compreendi.
Eu me senti num clip dessas bandas emos...lastimando um pseudo-amor que há tempos se acabara.
Foi tudo tão rápido, meio sem noção. Mas quando vimos estávamos andando de mãos dadas, e isso foi justamente na última vez em que te beijei.
Eu sabia que tudo aquilo era loucura. Que mais cedo ou mais tarde a realidade bateria na porta, dando o aviso que o sonho terminara. Mas foi bom...muito bom. Melhor do que aqueles romances longos, que acabam pelo desgaste do não querer mais se tocar. Com você, foi vontade de estar junto do começo ao final, e tive a sorte de ainda poder dizer que aquele beijo, era um beijo de despedida. Quantos amores tiveram essa oportunidade?
Outro dia, numa conversa banal, teu nome foi citado. Seria você o motivo de eu estar hoje tão desligada? Não sei. Mas hoje, retomei a questão, já que jamais esperava, de repente, do nada, por ti derramar mais uma lágrima. Acho que foi apenas...vontade de ser daquele jeito novamente...de me deixar envolver, de querer estar com alguém. Hoje, cultivo um vazio no coração, mas um vazio que parece ser necessário. Pra que? Por quê? O tempo dirá...e aqui...fico no aguardo, cultivando uma inquietude, única coisa que mexe com meu coração.

sábado, 19 de setembro de 2009

Conto IV

Não sabia com exatidão quando o havia visto pela primeira vez. Sua lembrança inicial era dele sentado ao lado da sua porta, junto com um outro rapaz. Vestia a camisa do clube que torcia, do qual ela também fazia parte. Tinha os cabelos loiros, na altura dos ombros e olhos verdes. Um sorriso imenso e radiante. E assim ela se apaixonou por ele... após sucessivos encontros pelas ruas, olhares e sorrisos trocados.
Numa tarde de verão ela saiu com rumo certo. Foi à sua casa, mas não o encontrou. A então desejada "futura" sogra, deu a direta: "Segue esse caminho que tu vai encontrá-lo".
Chegou de mansinho, com ar de timidez, mas já acostumada a seguí-lo onde pudesse. Ia vê-lo nadar no rio, jogar futebol ou em casa. Apesar de achar que não deveria procurá-lo tão incessantemente, seu coração batia tão forte ao pensar nele, que corria desvairada a sua procura. Ela o amava. Era sua primeira paixão. Por ele escrevia longas cartas de amor, chorava e fazia qualquer coisa.
O tempo passava . A lua alçava aos céus, permitindo o descanso do sol que iluminara todo aquele dia de verão.
Ele foi então acompanhá-la. Carregava nas mãos sua bicicleta, que como por ligação do destino, era igual a dela. O perfume do seu cabelo era levado pelos ventos até ela. Sentí-lo tão próximo, fazia seu coração bater mais forte. Num súbito de coragem, ele tomou sua mão, segurando-a de forma firme. Num instante, estavam parados, um frente ao outro. Ele segurou-a nos braços, e aproximando-a, uniram seus corpos em um beijo.
Naquele instante, a magia da paixão, que há tanto tempo tomara seus corações, envolve-os, fazendo-os esquecer do mundo. Já não se importavam com nada que fosse alheio àquele momento. A Lua permanecera como a única testemunha.

domingo, 13 de setembro de 2009

Poemas

Hoje eu não estou mais sozinha.
To vivendo um caso.
Um caso intenso de amor e paixão.
O caso mais avassalador que já tive,
E com o ser mais supremo que já conheci.
Hoje, meus olhos estão focados,
não tenho outra direção.
Minha vida, é uma rua de mão única,
Só tenho um rumo e não mudo não.
Hoje, sinto prazer de verdade
Porque estou com alguém que realmente me conhece,
Tem meu mapa, tem minhas instruções.
Hoje, quem vier vai bater a cara na porta,
Não quero e não vou dar trela
Porque sou fiel na minha relação.
E quero,
Como desejo mais profundo,
Que também receba em troca,
Toda essa devoção.
Hoje, eu sou só minha
Vivo pra mim
E pra mais ninguém.
Hoje, estou comigo
Com meu corpo e com minha alma
E esse caso de amor,
Espero,
Nunca se acabe!
......................................................
Quero a transparência da água;
A cor das flores;
A liberdade dos pássaros;
E a doçura do mel.
Quero ser como o mistério do Universo,
A despertar o desejo e a imaginação.
Quero o aroma da terra molhada,
O das flores das árvores,
E das folhas da laranjeira.
Quero a intensidade de um raio,
A força das ondas,
E a meticulosidade dos felinos.
Quero a sabedoria dos Mestres,
A alegria das crianças
E a sensibilidade de uma pétala.
Quero ser a vida, a alegria e o entusiasmo.
Quero ser a paixão, o tesão e a emoção.
Quero ser o carinho, o esmero e a atenção.

sábado, 12 de setembro de 2009

Conto III

Joana era uma mulher de seus trinta e poucos anos. Bonita e inteligente, era independente e isso sempre a atrapalhou. Sempre teve em mente que, de certa forma, sua atitude fora dos padrões esperados pelo sexo masculino, a atrapalhavam de muitas formas.
Primeiro, parecia que sempre atraía os tipos errados. Caras que com ela acabavam por sentirem-se inferiores, seja pela posição profissional que ocupava ou pelo seu intelectuo. Segundo, parecia que ela sempre assustava os "bonzinhos", por pensar nas relações como algo onde, enquanto tudo vai bem, "Ótimo!", quando não vai mais, "Tchau!".
Enfim, ela vivia um momento diferente. Não estava preocupada em manter nenhum tipo de relação, e pouco lhe importava se tivesse ou não alguém para recorrer nos momentos de carência.
Joana estava certa de que, aquele era o momento dela. Estava preocupada em cuidar do seu corpo e principalmente da sua mente. Deveria estar atenta porque sua intuição lhe mandava sinais de alerta. Algo de supremo iria lhe acontecer e paixões avassaladoras não eram a sua meta.
Um dia, acordou diferente. Se olhou no espelho e viu que sua pele estava radiante. Os cabelos pareciam mais belos do que na noite anterior. Sua face estava serena. Escolheu uma roupa mais caprichada, colocou um brilho nos lábios e pintou os olhos. Usou seu perfume de sempre. Pegou a bolsa, a chave do carro e saiu.
O dia passou dentro de sua normalidade. Ainda sentia no peito uma sensação gostosa, de algo bom que viria a acontecer. Seu turno de trabalho chegava ao fim e já se ajeitava para voltar para casa.
A noite estrelada convidava para um passeio. Deu algumas voltas pelo calçadão e sentiu a força da lua em seu corpo. Seu brilho a fascinava! Parou um pouco, desceu do carro e sentou-se num banco. Tirou os calçados e deixou seus pés sentirem a areia, aquela hora já gelada e úmida. Desligou-se do mundo.
Ficou ali mais alguns instantes. Viu alguém se aproximar. Era um homem. Dava passos lentos e firmes. Sabia por onde estava...para onde ia. Passou por ela e deixou um rastro de perfume. O aroma penetrou em seu olfato e então, ela suspirou.
No suspiro levantou-se e seguiu em frente. A noite ainda era longa, mas o cansaço tomava conta de seu corpo. Foi para casa. Amanhã seria um novo dia e quem sabe, mais uma vez, acordaria sentindo que algo de muito bom aconteceria em sua vida.

Conto II

A primeira vez que ele a viu, algo lhe chamou a atenção. De canto, a escutava, percebendo assim algumas de suas peculiariedades. Era bonita, com um sorriso aberto e presente. Seus cabelos não muito longos, caíam sobre seus ombros contornando seu rosto delicado.
Tão logo começaram a trocar palavras, o diálogo correu solto e logo sentiram uma sintonia entre os dois. Pareciam muito parecidos em alguns detalhes, mesmo que de fora, talvez, não tivessem muito de semelhantes. Enquanto ele pensava em virar um homem rico, bem situado e valorizado profissionalmente, ela esperava uma vida de liberdades, onde o dinheiro é um mero detalhe da vida social, e a valorização e o sucesso, algo que está presente no nosso íntimo e não externamente. Apesar de ideias tão dispersas de vida, algo os aproximou.
Sutilmente, quando teve a oportunidade perfeita, seus braços a enlaçaram, acariciando-a de forma discreta e carinhosa.
Ele pensava no que fazer. Ela no que dizer. Enfim, não falaram nada. Apenas se beijaram. E ali permanceram...mudos e calados, mas de certa forma, falando na mesma língua.

Conto I

Ela olhou à sua frente e lá estava ele. Seguindo aquele estereótipo desejado por todas as mulheres, exibia um olhar penetrante, cabelos e olhos castanhos. Tinha um sorriso que encantava e exercia seu charme fazendo com que qualquer mulher, numa distância mínima, logo se sentisse atraída. Alto e magro, tinha como complemento um óculos, suave e discreto, oferecendo um charme de intelectual.
Foi entre papos regados a sorrisos e olhares que ele entrou em sua vida. Em pouco tempo, ele conseguiu satisfazê-la. Mais do que oferecer prazer carnal, ele alimentava sua alma.
Seus desejos de mulher eram saciados e quando estavam juntos, tornavam-se únicos, numa ligação que parecia transcender os limites da paixão e do amor.
Um dia porém, ele saiu pela porta. Tinham um olhar vazio e da sua boca apenas saíram palavras que tentavam, de alguma forma, confortá-la pelo fim de tudo. Ele se foi, e ela ficou...olhando-o pela janela que até hoje se encontra aberta à sua espera.

sábado, 5 de setembro de 2009

Não deixe para amanhã ...

Setembro chegou. Com ela surgem árvores floridas, repletas de cores e aromas. E para nossa felicidade, está nos presenteando com um feriadinho, abençoado pelo sol e um friozinho gostoso no final do dia.
Estou em casa. Não chego a estar de cama. Nem me foi solicitado isso. Mas, prefiro ficar quietinha pra não piorar.
"Mas o que aconteceu? Como aconteceu?" Perguntam-me ao passarem por mim, e verem meu andar travado, manco.
Pois bem, respondo: "Não sei!". Sei que há um mês atrás - começo de agosto - acordei num belo dia com uma dor no pé. "Ah!! Dei um mal jeito!" E assim ficou. No último sábado, depois de dançar que nem uma louca na pista, não conseguia mais colocar meu pé no chão. Tomei vergonha na cara e enfim, fui ao médico.
Lesionei o ligamento e terei que fazer fisioterapia...10...talvez mais se forem necessárias.
Tudo bem. Nada demais se formos pensar. Um pé se conserta.
Mas e a vida? Será que podemos consertá-la? Quantas coisas percebemos que não andam bem e, mesmo assim, não damos atenção? Achamos que tudo vai se resolver. "Deixa o tempo passar."
Isso acontece todos os dias. Nos incomodamos - e deixamo-nos sermos incomodados - por várias pequenas coisas. Podem ser aquela brincadeira sem graça todos os dias de manhã do seu colega de trabalho, um xingão do chefe com o qual não concordamos ou a falta de carinho e atenção de nosso companheiro. São detalhes "tão pequenos de nós dois", que com o tempo podem tomar proporções graves.
Quantas vezes deixamos a vida passar, levando-a nas "coxas"? Quanto tempo perdemos tentando acreditar que um dia "ele(a) vai mudar"? "Ah, ele só quis brincar!" Quantas amizades perdemos, simplesmente por um se afastar e o outro jamais querer saber o porquê.
O tempo cura tudo...diz um ditado. Será mesmo?
Muitas coisas se perdem no tempo. Cada tempo e um só tempo. Eu hoje, não sou a mesma de ontem, nem serei assim amanhã. Existem coisas que precisam ser resolvidas no ato. Não dá pra resolver em prestações, ou quem sabe numa promoção: "Compre hoje...Pague só depois do Natal."
Aprendamos a resolver nossos problemas, a fazer o tudo que é necessário. Façamos uma auto-terapia. O que está bom? O que me incomoda? O que depende de mim? O que depende de nós? Faça o que for preciso para que o incomodo de hoje não seja o problemão de amanhã. Não deixe o tempo passar. Afinal, até um osso quebrado depois de certo tempo...já torna o tratamento mais complicado. O tempo passa. Não deixe o que você não deseja em sua vida lhe acompanhar por tempo indeterminado. Não espere...o tempo passa, o tempo voa....

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ontem estava dando uma aula particular. Fiquei viajando com a menina sobre vidas extraterrestres. Na real, ela não entendia que ir à Lua, à Marte ou Saturno, não era a mesma coisa que ir a Capão da Canoa, de ônibus.
Difícil porém explicar tal coisa para uma menina de 11 anos. Mal posso dizer que compreendo de fato o que realmente significa um ser humano sair do planeta terra dentro de um foguete..e de repente estar pelo espaço. Onde a noção de tempo, espaço, gravidade ficam longe do que conhecemos. Alguém será que consegue mesmo ter a miníma noção disso, sem jamais ter ido à Lua?
Bem, a viagem de nosso papo foi até a questão: E tem gente que mora lá??? Não!! Não gente como a gente. E se houvessem, como seriam eles? E aí paramos pra pensar, Plutão é uma bola de gelo..seriam seus habitantes pinguins? Ursos polares? E em vênus?? Baratas gigantes para aguentar a temperatura escaldante? Doidera sem fim!