domingo, 29 de novembro de 2009

E no fim...

...2009 está chegando ao seu fim. Nessa semana entramos em dezembro. Aqui em casa já iniciei o processo de "purificação" dos ambientes.
Na cozinha, já limpei os armários, tocando fora restos e besteiras não utilizadas.
No meu quarto, arrumei meu roupeiro, realizando mais uma limpa - não usei; manda embora, tem que mandar embora? Junta tudo e manda logo.
Já para a primeira semana de dezembro quero fazer uma limpa em tudo, tocando fora o que apenas estorva. Na segunda quinzena, a faxina com água e sabão. E...
Nas duas últimas semanas do mês, é a limpeza da alma. Ainda não sei se vou num Pai de Santo, benzedera ou se vou no banho com sal grosso e mel (pra atrair coisas boas), hehehe.
Pra finalizar, aquela boa releitura do ano...que já inicio aqui.
2009 foi um ano puxado! Muito! Lembro que na virada do ano arranjei uma briga com o namorado -agora Ex-. Já seria um sinal??
Alguns dias depois, junto com o estresse da monografia do pós, apareceu um nódulo na mama. Essa me pegou de surpresa. Mas, graças a Deus, olhando toda a pressão da situação, e a demora até chegar ao resultado - benigno - acredito que consegui lidar bem com a situação.
Infelizmente, na época desse "probleminha" somaram-se outros; talvez em decorrência não sei. Problemas com o namoro; que acabou se findando, e situações desagradáveis e de pressão no trabalho: novidades do projeot implantado, medo de perder minha turma, medo de prejudicá-los devido a cirugia...
Bem, sei que, quando resolvidos os três problemas acima...tudo se resolveu.
Parecia que esses eram meus entraves. Não sei qual puxou quem, mas, de fato, a partir do meio do ano as coisas começaram a aliviar.
Pô! Mas, só coisa ruim no primeiro semestre? Não! E ai destaco dois acontecimentos: O meu "reencontro" com uma amiga de infância. Infelizmente, não podemos nos ver pessoalmente devido a distância Brasil-Londres. Mas isso é um detalhe. E segundo: eu percebi a minha força, venci meus medos, não permitindo que eles tomassem conta do meu corpo e da minha mente.
Depois de junho a vida se tornou bem mais leve! Conhecendo pessoas - algumas maravilhosas, outras nem tanto - , fazendo o que eu gosto, me divertindo, saindo com amigos, fazendo festas, voltando a malhar, cuidando de mim...
Lembro de uma conversa em abril. Não lembro a frase exata mas era algo tipo... o que for mentira não resistirá, o que for verdadeiro se fortalecerá! Nada foi tão verdadeiro este ano do que essa constatação.
Hoje estou feliz! Sim!!! E digo que 2009 não foi tão ruim assim. Eu venci! Estou viva, mais forte do que nunca...e com lembranças maravilhosas desse ano um tanto quanto conturbado!!! Obrigada 2009....deixa vir 2010!!!

domingo, 22 de novembro de 2009

Saudade dói...

Um dia desses sai com um amigo. Estávamos passeando pelo Cais do Porto. Lá um grupo de amigos riam, felizes. Nos olhamos e logo veio o pensamento - ou falamos um para o outro??? - "Odeio pessoas felizes!". Nessa última semana, tal frase foi verdadeira.
A felicidade alheia tem me incomodado. Me sinto vazia. E esse vazio é minha culpa!
Uma vez me disseram que eu passava uma ideia errada sobre mim. O que eu passo?? Provavelmente várias coisas.
Sei de coisas que faço conscientemente. Mas...tem outras, que penso ser a melhor "estratégia"...mas quando passa o tempo, vejo que tudo deu errado.
Estou numa fase de busca...muitas. Buscando o meu Eu, buscando o perdão pelos erros passados, buscando acertar, buscando...buscando.... Não sei se da melhor forma. Mas, não tem muito o que fazer. Preciso aguardar. Ter paciência. Quem sabe logo encontro a resposta pra tudo.
Sinto saudades do passado. Das alegrias, dos sorrisos, das buscas, das tentativas, das lágrimas, até do sofrimento. Tudo era tão inconstante...mas emocionante. Sinto falta disso. Faz tanto tempo que não sinto emoção correndo nas minhas veias. Nada me comove ou mexe comigo interiormente. Me sinto fria...distante de tudo e de todos. Prefiro a ausência...mas ela me entristece.
Ouço músicas de épocas distantes...lembro dos sentimentos, das sensações, dos acontecimentos...não precisava reviver os exatos momentos...mas queria me permitir a sentir as sensações.
Estou sozinha, num vazio sem fim e deixo a tristeza tomar conta...já não consigo nem fugir... ou será que estou fugindo?
Espero encontrar as respostas...o quanto antes...e quem sabe, me libertar desse sentimento que dói e me prende ao passado. Saudade dói...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Eu sei...

Dessa vez eu sei!
Não adianta nem tentar:
Não vai rolar.
Meu coração tá dizendo
Que se não for você
Não adianta nem tentar.
Não sinto a vibração
Do meu coração
Minha pele não corresponde
A tua respiração.
Você não tem nada de errado
Mas eu sei que não estou certa
Tentando me enganar
Mas a razão prevalece.
Melhor agir certo
Mesmo sem ter certeza
Do que pode acontecer
Do que tentar algo que sei ser errado
E magoar um coração.
Na minha mente ainda aguardo
Meus sonhos virarem realidade
Não sei exatamente do que se trata
Mas preciso resolver minhas pendências.
Eu sei...
Que talvez siga errado
Mas quero acertar em algo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tolerância Zero

Para aqueles com um pouco mais de idade, a expressão acima relembra um personagem humorístico que fazia rir com seu tom "estupidamente grosseiro" às perguntas idiotas que recebia.
Me considero uma pessoa bem humorada. Acordo de bom humor. Mas...ele vai se esvaindo ao longo do dia. Isso é normal, não?
Meu dia a dia é extremamente estressante. Alguns podem achar que não. "Barbada! É professora!" Pois estes, provavelmente são aqueles que jamais conseguiriam permanecer dentro de uma sala de aula.
Não venho aqui menosprezar as demais profissões. Bem pelo contrário. Cada uma com suas exigências e responsabilidades. E cada profissional sabe bem - ou deveria saber - onde está se metendo quando opta pela sua carreira. Mas o ponto da conversa não é esse.
A questão é... tolerância tem limite. Quando estou disposta aguento muita coisa. Deixo levar. Mas...quando o cansaço toma conta.Por favor!!!! Mantenha distância. Me deixa quieta no meu canto!
Obviamente, saber a hora de se retirar é um dom. Tem gente que não tem "simancol". Ou pior. Não tem a destreza de se colocar no lugar do outro. E quando o pavio já está curto, parece mais querer que outro se exploda.
Eu tenho diversos defeitos. E tenho pleno conhecimento deles. Até não diria defeitos, porque na verdade, eu não tenho problema nenhum com eles. Os conheço e tento administrá-los da melhor forma. Mas, tenho uma personalidade forte(mente) irritada! Hahaha. E isso incomoda aqueles que passam o tempo todo querendo agradar a todos, ou que não conseguem admitir seus defeitos, erros e incoerências.
Não vim ao mundo para fazer agrados a ninguém. E não vou ficar fazendo carinhas doces quando estou irritada.
Odeio burrice. Odeio gente oportunista. Odeio falta de companheirismo. Odeio falta de apoio. Odeio mané que tira proveito de tudo. Odeio gente que não enxerga seus defeitos, e está sempre atirando os dos outros na cara. Odeio gente que desvaloriza os demais. Odeio crítica por crítica. Odeio.....!!!!!
Enquanto a criatura tá se ralando, a outra tá ali, admirando o esforço. Pior ainda quando vem exigir algo!
Sei que hoje...fiquei a repensar sobre essa postura tolerante. Se eu não consigo mantê-la a todo instante, seria melhor não tê-la em nenhum??? Vou começar a usar um cartaz:
"Para se aproximar, mantenha o extintor em mãos!!! Material explosivo!!!!"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desabafo de uma mente regada a vinho

Não sei como chamar esses sentimentos que brotam em mim. Na verdade, nem sei se são bons ou ruins. Sei que eles surgem. E já cansei de saber das coisas, bem antes delas acontecerem.
Pra quem não me conhece bem, não sei que imagem passo. Mas...eu sei muito bem "ler" o que se passa...ou vai passar. Apenas preciso dar mais valor a essas súbitas imagens de futuros que se lançam em minha mente.
Não sei por que não dou a elas a atenção devida. Possivelmente, pelo fato de querer acreditar nas pessoas.
Não sei se isso é um dom. Mas não gosto de ter sempre a razão. Já prefiro me calar. Ficar só a observar...e se estou calada, é isto que estou fazendo.
De repente, isso incomode a algumas pessoas. Esse jeito calado que tenho. Essa forma de olhar sem me manifestar. Alguns já têm a proeza de me compreenderem. Não se fazem necessárias as palavras. Mas são poucos! E então, para aqueles que não possuem tal percepção, possivelmente tenham uma imagem distorcida de mim.
Não esperem palavras doces da minha boca, se não, no caso em que elas realmente sejam verdadeiras. e não grito ao mundo minha forma honesta e verdadeira de ser: apenas faço!
Não sei quem é mais "babaca". Se eu, por fazer de conta que não percebo a minha própria percepção, ou se os outros...que acham que me enganam com suas frases prontas, muitas vezes ditas, e repetidas e tão pouco surpreendentes, pois apenas trasmitem o que provavelmente, todos queiram ouvir.
Sempre me considerei inteligente. E ainda acredito que sou. Provavelmente, seguindo Nietzsche, meu filósofo admirado, meus contemporâneos não estejam a minha altura para compreender meu ser. Mas...nesse mundo onde os valores estão tão corrompidos, e a vigarice, virou sinônimo - para alguns - de intelectualidade - prefiro ser louca - e burra!
Prefiro a pureza do meu ser, meu olhar gentil...e a minha crença, que parece utópica, de acreditar ainda nas pessoas, mesmo que com o tempo (e ele pode ser tão logo, quanto tão distante) elas me provem totalmente o contrário.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inquietude

Nossa! Cheguei em casa e capotei. Realmente estava cansada e o tempo lá fora estava muito propício (tirando a vizinha que gritava), o som da chuva e dos relâmpagos me relaxaram. Até minha gata, coitada, no cio, parou por um certo momento de miar (óbvio que precisei usar de chantagens; ameacei-a de colocá-la no banheiro).
Mas, o melhor de tudo isso, foi o sonho. Sonhei em estar comendo negrinhos (calma! Nada de canibalismo! Essa é a forma carinhosa com a qual chamamos o brigadeiro!) e bolinhas de queijo com catupiry. Meu Deus!!! Isso que é acordar de um sonho bom!
Infelizmente, não tenho tido muitos momento prazerosos...e sonhar com essas delícias, bah...me deixaram malucas.
O mais engraçado é que antes de dormir não pensava em nada a esse respeito. Bem pelo contrário. Pensava em coisas sérias. Minha insatisfação com a vida!
Mais uma vez, calma! Isso não é um depoimento de uma suícida (pelo menos é o que eu espero!)
Estou sentindo que a vida está me levando pra uma maré que eu não quero! Não quero viver assim. Estou cansada da mesmice do dia-a-a-dia, do ir e vir do trabalho. De chegar em casa e encontrar bagunça e contas a pagar. Quero mais de mim, prá mim!
Queria ter coragem de colocar uma mochila nas costas e correr o mundo. E não pensem que isso é uma fuga das obrigações ou uma insatisfação com a área que escolhi. Não!!! Não é isso!
Profissionalmente eu queria mais. Não um salário maior. Aqueles que me conhecem, ou que já me permitiram que eu despejasse meus sonhos - quase útopicos - sabem o que eu quero. E aí, aquele desejo, que sempre coloquei como uma ideia para depois de aposentada; em vista da situação financeira da qual não disponho, parece agora vir com tal força que chega me mover a um precípicio!
Eu quero fazer a diferença! Mais!! Quero ir em busca daqueles para quais nada chega...e quero oferecer um pouco de mim.
Todo problema gira em torno do "Como?" Não sou aquela típica aventureira - só se for de final de semana - que larga tudo e vai, esperando pra ver no que dá. Sou pé no chão demais. Imagina que loucura: largar meu emprego, que não é nada mas me dá uma segurança de uma aposentadoria futura (Bah, como eu penso longe!!!! M....), largar amigos (poucos, mas...), e tipo, com que dinheiro chegar lá?)
Às vezes eu queria ser mais ambiciosa, desbravadora. Me falta o anseio dos grandes navegadores, buscando novas terras em horizontes inimagináveis!! Não quero - Oh Meu Deus, não permita - que a minha satisfação venha de alguns negrinhos e bolinhas de queijo!!! Por favor!!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Nostalgia

Que vida nostálgica
É essa que penso que vivo.
Uma vida de ausências,
Impermanências.
O dia lá fora parece belo...
E eu aqui,
Trancada entre essas paredes,
Sozinha!
Eu e minha solidão triste
Que demonstra a minha total incapacidade
De ser feliz.
Sinto a dor cruel de não ter importância
De não ser lembrada.
Vida degradante essa
Que se limita às obrigações
E onde talvez, sintam a minha falta.
Tenho repulsa na alma
Por essa vida deprimente
Escolhas talvez feitas
conscientes ou inconscientemente?
Corre a lágrima
Leve e longa
Já não tenho forças...
Suspiro...
Nostálgica...
dentro de mim.
Só queria um pouco mais,
De mim
Pra mim...
apenas algo a mais,
Pra amar e ser feliz...
Falta um pedaço de mim!

domingo, 1 de novembro de 2009

Confusa

São tantas coisas que se passam na minha cabeça,
que acabo me perdendo em pensamentos.
Não sei sobre o que penso,
e nem sei se devo.
Essa mania de pensar de mais, sempre me incomodou
De repente agora seja a hora de parar esse motor.

O tempo passa...a água corre...

Os dias começaram a esquentar. Gosto disso. É uma sensação diferente. Quando o vento toca meu rosto, parece purificar a alma. Lembro do cheiro da praia, do toque da água do mar nos meus pés. Sinto saudades.
O ano está chegando ao fim. E já começo, vagarosamente, a pensar no futuro. Um futuro não muito distante, pois afinal, ele ainda não nos pertence, mas...um dia que está bem próximo de chegar.
Não fiz muitos planos para o verão. Na verdade, apenas estou pensando na chegada de dezembro. Mais um mês pela frente.
Na minha sala de aula começo a limpar os armários. Começo a pensar na turma do próximo ano.
Na minha mente, fico tentando imaginar o que irá permancer em 2010, o que irei abandonar, as trasnformações que poderá vir a ocorrer. Já faço uma pequena retrospectiva de 2009. Ano que com certeza vai ficar na memória. Ano de superar medos, de vencer, de ser forte, de abrir mão, de refletir opiniões...enfim, um bom ano apesar de todas as lágrimas...pois são elas que me mostram como hoje estou feliz!
Deixemos o calor tomar conta...e assim, quem sabe, junto com o suor que corre na minha face, eu possa também eliminar tudo de que não necessito para o próximo ano.