Entrar em contato com intelectuais e, com pessoas que, abrindo mão de estarem em seu conforto mental e físico, atuam no meio social, nos envoca a repensar nossas atitudes diárias.
Quem são esses homens e mulheres, crianças e adolescentes que, impermeados pela mesma instatisfação nossa, mas que, sentindo muito mais na pele o efeito de viver de forma desumana (sem ter acesso aos nosssos direitos garantidos) colocam literalmente a vida em jogo?
Por que nós, ditos detentores de conhecimento, talvez munidos de maiores ferramentas não agimos?
Posso "chutar" uma resposta.
Falta vivência.
Falta conhecimento.
Conhecimento da vida, da crueldade do que é viver à margem de tudo e de todos.
Nós podemos ousar imaginar o sentimento, mas jamais tê-lo em nosso corpo, na nossa mente.
Há pouco saí de uma palestra: A criminalização dos movimentos sociais.
Ouvi, refleti, analisei, ponderei.
Muitos, provavelmente sairam de lá com uma indignação. E??
O que é essa indignação?
Não será a mesma que permeia nossos sentimentos quando vimos relatos de roubos e sacanagens de nossos governadores em telejornais? Ou de quando passamos por uma criança de pedi um trocado em uma sinaleira numa noite fria?
Mas para que serve essa indignAção se não para mover nossa ação?
Mas nós agimos?
Eu quero agir, e talvez, na pequenez de atos simples quero e vou interferir, agir contra esta estrutura que invade nosso Eu, nos torna duros de sentimentos, de humanidade, que nos faz tudo parecer normal, banal, sem solução.
O que importa não é o tamanho de nossas ações, mas o desejo de, simplesmente, fazer a diferença. Não permitamos acreditar no que "eles" querem. Ousemos!
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