A dor era maior do que seu corpo, maior do que sua mente. Precisava de alguma forma deixar aquilo sair. E como se cada lágrima pudesse aliviar aquele sentimento, deixou a primeira sair.
Saindo pelo canto do canto, rolou pelo seu rosto. Parou na sua boca mas ela não engoliu. Deixou outra sair e assim se foram mais uma...e outra...mais outra.
Com cada lágrima despejava um pouco da dor, da tristeza, da angústia.
Sabia ela que não era só a lágrima. Aquela gota levemente salgada levava consigo muito mais. Abandonava a crença de que segurá-la era ter força. Começou a entender que precisava deixar a força se renovar. E como numa limpeza da alma trocou seu estoque.
O alívio veio e com ele a superação. Calma, lenta, sem pressa e sem exigências. Tudo iria melhorar e aquele sentimento tão angustiante passaria. Respiraria aliviada, certa de que tinha novamente reconquistado a paz.
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