Olhar o Orkut desperta sentimentos estranhos. Coisas que acontecem, que aconteceram. Que fizeram sentido e hoje não mais. Que fazem amar, odiar ou, simplesmente, soam tão estranhas como uma língua estrangeira aos nossos ouvidos.
Por ali se vê a vida passar. E ela passa ligeiramente, como passos de um tigre que ataca sua presa. A velocidade da vida é voraz.
Casais que se formam, ou separam. Amigos que se conhecem e que de repente, a distância faz não reconhecer. Meninas tornando-se mulheres. Mulheres tornando-se mães. Alunos virando amigos, confidentes numa terapia on-line.
Aqui reencontro amizades valiosas e percebo que outras não têm nenhum valor. Tenho notícias daqueles que me são tão especiais mas com as quais não posso compartilhar sorrisos, lágrimas, esperança ou dor.
Oh Orkut! Quantos orkutcídios já cometi, na estranha esperança de que sua morte fosse acalmar meus sentimentos. Triste sonho. Pra ti então retornei tantas outras vezes. Se és bom ou ruim, ainda não sei. Mas, no dia em que não me acometeres suspiros, alegrias e quem sabe até aquela nostalgia, eu te abandono sem dor.
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