terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Reflexo e reflexões

Qual teu reflexo no espelho? Enxergas o mesmo que as outras pessoas?
O que vejo ali além de um corpo não tão grande, nem tão pequeno...dos cabelos ondulados e do sorriso grande marcado no rosto?
E se os espelhos pudessem refletir nossa alma, o que estaria a minha frente?
Me supreendo com a profundidade com que algumas pessoas conseguem enxergar. E aí, falarei um pouco de mim, e da minha própria leitura da imagem refletida.
Às vezes tão menina, demoro a me ver mulher. Não sei se é o medo de perder a inocência da criança, do sorriso encantador. Tornar-se mulher pode parecer duro. Insensível. Não quero ser assim. Porém a vida, as dores, me fazem endurecer. Sinto isso.
Essa menina, com medo de virar mulher tem forças internas pouco perceptíveis. Muitas vezes a racionalidade corre tão forte que chega a doer...pois em alguns instantes era para ser mais emoção. "Deixa a razão de lado", me digo em determinadas situações. Mas, aí estou eu mais uma vez lutando contra a mulher, pois a racionalidade nada mais é do que a representação da maturidade que toma meus atos. Ou não? Não sei medir o meio termo.
Talvez esse seja o grande detalhe da vida, conseguir chegar ao meio termo. Radicalismos não parecem dar certo na maioria das vezes. Mas é difícil.
E nesse turbilhão de pensamentos que tomam minha mente; pra pensar no que quero ser/ ver diante do espelho, me deparo com demonstrações tão carinhosas, que surpreendem até mesmo minha própria noção de mim.
E escuto falar em uma Bruna doce, uma Bruna forte, uma inteligente, uma sedutora...Ah! são tantas Brunas. Não ouso dizer que alguma das definições estejam erradas ou certas. Com certeza há um pouco de cada uma em mim. Só quero permitir-me ver a mim mesma, inteira, sem barreiras ou reflexos que possam prejudicar a imagem refletida àqueles olhos que de alguma forma, não apenas me criticam, mas me ensinam a ver além do que quero.

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