Como sabemos se um relacionamento pode dar certo ou não?
Como saber se devemos apostar em uma relação?
Pra ser amor, tem que ser a primeira vista? Será que a paixão tem que rolar assim, de cara?
Fico tentando pensar e não chego a conclusão.
Quando somos adolescentes o amor acontece de repente. Logo, estamos fazendo corações no caderno e escrevendo o nome da pessoa amada em todos os lugares; às vezes até na pele, pra provar que é amor e que vai ser eterno. Sim, quando somos jovens o amor é sempre pra vida toda. Nem se quer ousamos pensar no fim. Essa possibilidade não existe.
E aí, passa o tempo, e a reflexão muda. Drasticamente diga-se de passagem. Agora, paro e penso: "Será que pode ser amor?" Quanta mudança a vida nos faz passar.
Não sei se era melhor antigamente ou se nos dias de hoje.
Sinto falta do antigamente. Daquela emoção enlouquecida, desesperada, sem medida, descompassada. Mas, a cada dia que passa, acredito que o amor verdadeiro não é tão cheio de momentos tão "enlouquecedores".
O amor deve ser algo calmo. Que nos transmita paz. Essa paz não é sinônima de marasmo. Bem pelo contrário. É uma paz de amizade, de serenidade, de comprometimento um com outro. É o companheirismo dos momentos: felizes, tristes ou qualquer outro.
No que apostar? O que esperar?
Fico na espera de um amor avassalador? Que causa aqueles suspiros do fundo da alma ou aguardo o momento certo onde perceberei que o amor está ali, logo do meu lado (um lado às vezes não tão próximo)?
Ah o amor!! Que venha, independente da forma, mas que seja real, verdadeiro e sincero.
Um comentário:
Essa sofreguidão nietzscheana denota tua profundidade... continue a escrever... como diz Fernando Pessoa... tens "a alma num estado de rapidez ideativa tão intenso que precisa fazer da tua atenção um caderno de apontamentos, e, ainda assim, tantas são as folhas que tens a encher que algumas se perdem, por elas serem tantas, e outras se não podem ler depois, por com mais que muita pressa escritas." o amor continuará a existir sem explicações... após a extinção de nossa tênue existência... com carinho...
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