domingo, 20 de junho de 2010

Vago

Saudades de ter amparo para os meus pensamentos
Que vagam à procura de um porto.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sem lógica

Roubaram meus pensamentos.
Já não sou dona de mim.
Não guio meus passos,
Sigo tuas pegadas.
Não penso no amanhã,
Espero você ditar meu futuro.
Não te digo nada,
Repito teus sons.
Ausente de mim,
Presente somente em ti.

domingo, 13 de junho de 2010

Em busca de inspiração...

Ando ausente. Ausente nas minhas escritas. Me falta a essencia, a magia que me inspira. Assim como os grandes poetas do Romantismo, sou movida pelo sofrimento e pela paixão que fulmina o coração.
Não estou sofrendo - o que de fato não é tão mal assim. Não estou apaixonada - e isso sim me parece ruim.
Parece que eu e a paixão brigamos há alguns anos atrás e não conseguimos mais nos entender. Sinto saudades dela. Ela é como o tempero na culinária. Sem ele, a comida fica sem graça. Sem a paixõ fico assim, como poderia dizer, normal. Nada pior do que o normal. Gosto do diferente, do entusiasmo, da magia, do desejo. Mesmo que não seja correspondido... pois a paixão nos dá esperança.
Enfim...acredito que se quero continuar minha caminhada de "escritora" - que ousadia minha me declarar como tal, mas espero ter amenizado com as aspas - preciso procurar a inpsiração em outros lugares.Em busca de inspiração...mesmo sem a paixão!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pensamentos inconclusivos...

Hoje estava no shopping ajudando minha irmã a comprar presentes para o Dia dos Namorados. Financeiramente falando, agradeço por não ter um. Assim não preciso gastar. Sentimentalmente falando, estou triste. Não pela falta de namorado mas porque nesse dia 12 de junho ficarei sozinha. Nem haverá, como no inverno passado, minha irmã para brindarmos juntas.
Nesse 12 de junho vou trabalhar, voltar para casa e provavelmente dormir, abraçada com minha gata.
E eu, que sempre disse que jamais queria virar uma solteirona com animais de estimação, me vejo aqui, com minha gata a me olhar. Com seus olhos grandes - parece o Gato de Botas do Shrek - ela me cativa e parece ser a única que sente a minha falta.
Mas, depois de todo esse melodrama, fico pensando...
Os pensamentos não chegam a nenhuma conclusão e se me perguntarem, ficarei subitamente em silêncio, retornando aos meus pensamentos - sem concluir nada.
Namorar ou não namorar? Eis a questão. Ah, não sei. Não me vejo nesse estado tão caótico e enlouquecido pela busca de um namorado. Gosto de estar sozinha. Gosto de namorar também. Mas, namorar para quê? Por quê? Tão apenas para saciar a carência? Ter sexo disponível - quase sempre? Ter alguém pra sair e mostrar para os amigos? Ter aguém para dividir as contas - ou que pague elas totalmente?
Não! Nada disso. Namorar é outra coisa.
É ter alguém com quem compartilhar o silêncio, a insegurança, os medos,as alegrias e os devaneios. É ter alguém pra festejar as conquistas, a quem empurrar pra frente e que te empurre nos momentos em que pensamos desistir. Namorar, é ter alguém que te admire, e ao qual você possa admirar. Namorar, é ver naquele outro ser, nosso próprio eu refletido...às vezes nas perfeições mas, também, nas imperfeições e mais do que tudo, aquilo que gostaríamos de ser. É ter alguém que te conhece no olhar, em cada gesto...mas mesmo onde o silêncio basta, consegue dizer as palavras certas, que te acolhem, te felicitam e nos dando a certeza que aquele alguém TE AMA.
Será tudo isso utopia? Será esperar demais como, se de repente, um milagre se sucedesse? Não sei...não chego a conclusões, mas queria muito que tudo isso fosse possível e plenamente desfrutável, por todos, em algum dia de suas vidas...e..."que seja eterno enquanto dure", como diria Vinicius de Moares.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dia dos namorados

Seu melhor dia dos namorados não foi com nenhum namorado.
Ficaram durante alguns meses, talvez dois, três, numa paquera de olhares e sorrisos. Um dia ela tomou coragem. No meio da conversa o chamou para um cinema.
Se encontraram na hora marcada num shopping da cidade. Se olharam, se abraçaram. Cumprimento normal entre conhecidos.
Entraram no cinema e sentaram-se. Ele do lado esquerdo dela. O filme inicia e os dois prestam atenção.
De repente, tudo fica escuro. Os dois fecham os olhos e se entregam a seu primeiro beijo.
Um beijo intenso, forte, molhado. Suas línguas se acariciam de forma intensa. Era o desejo aguardado já há um bom tempo em suas mentes.
As luzes se acendem. O filme acabou. Saem da sala como se fossem dois namorados em início de namoro. Saem caminhando, abraçados e se beijando. A paixão estava no ar.
Vão para casa e ali permancem durante todo o final de semana.
Apenas se amam. Durante um final de semana, apenas os dois existem no mundo. Rolam pela cama...da cama para o chuveiro...do chuveiro para a cama.
Ele tem um corpo forte, magro, rígido. Ela o deseja. Fazem amor como ela nunca tinha feito. Pela primeira vez - quem sabe se algum dia terá a mesma sorte - sentiu o que era "fazer amor" de verdade. Sentiu a união de seus corpos que foi mais intenso do que qualquer pessoa possa imaginar. Suas almas tiveram um encontro. Seus corpos se uniram por um pequeno instante. Na memória a lembrança permaneceu com o passar dos tempos.
Um dia, muitos anos depois deste acontecimento, ela ouviu de um homem que sexo era sexo. Que não podia variar muito de uma experiência para outra. Felizes aqueles que puderam experiementar o êxtase maior do amor.

Feliz Dia dos Namorados para aqueles que encontraram sua alma gêmea, sua cara metade, sua tampa da panela ou a metade da laranja. Para os que ainda esperam pelo amor...não desistam, jamais...antes de sentir o amor de verdade. O amor que nutre, cuida, compartilha e alegra.

domingo, 6 de junho de 2010

Lágrimas

A dor era maior do que seu corpo, maior do que sua mente. Precisava de alguma forma deixar aquilo sair. E como se cada lágrima pudesse aliviar aquele sentimento, deixou a primeira sair.
Saindo pelo canto do canto, rolou pelo seu rosto. Parou na sua boca mas ela não engoliu. Deixou outra sair e assim se foram mais uma...e outra...mais outra.
Com cada lágrima despejava um pouco da dor, da tristeza, da angústia.
Sabia ela que não era só a lágrima. Aquela gota levemente salgada levava consigo muito mais. Abandonava a crença de que segurá-la era ter força. Começou a entender que precisava deixar a força se renovar. E como numa limpeza da alma trocou seu estoque.
O alívio veio e com ele a superação. Calma, lenta, sem pressa e sem exigências. Tudo iria melhorar e aquele sentimento tão angustiante passaria. Respiraria aliviada, certa de que tinha novamente reconquistado a paz.