quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Suspiros...

Me enlouquece quando as lembranças de ti invadem minha mente e não me permitem pensar em nada.
Me entorpece as lembranças que perpassam meus olhos no intuito de te encontrar.
Me desorienta, te procurar pelos cantos e não achar meu foco: você.
Me entristece, que a cada inspiração teu cheiro se evapore um pouco mais no ar, te perco.
Me escandaliza, saber que me provocas tantos sentimentos que não posso controlar: luto contra.
Me domina, envolvendo meu corpo e minha mente sem ter como fugir.
Me desarma, porque perto de ti esqueço todas as minhas armas para te afujentar. Não me escondo!
Me descobre, pois minhas palavras perdem o sentido perto das minhas ações.
Me apaixono, sem sentido, sem explicação...apenas deixo que em cada suspiro, em mim, penetre um pouco mais de você!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vazio

Vazio...
apenas ecoa em mim tuas palavras.
Sinto em mim teus olhos calados
Tua mente em movimento
Teu silêncio repleto de discursos.
Contradição
Ódio e amor
Cheio e vazio
Sem presente nem futuro
Ausência e presença
Fluxo e refluxo
Junto e separado
Querer e fugir
Sentir e estar anestesiado
Num vazio preenchido,
Assim é você em mim.

domingo, 17 de outubro de 2010

Aconchego

Vem,
Te encosta aqui.
Deixa o medo de lado,
As ideias do dia-a- dia.
Deixa o tempo passar,
Sem pressa nem preocupação.
Sinta a respiração leve
O movimento do peito.
Te aconchega no meu colo
Sinta a alma leve
O pensamento vago.
E se lá fora o dia amanhacer
O que importa?
Estou no meu aconchego
Num porto seguro
Onde o vento não me aflige
A chuva não me molha
E meu coração pode bater tranquilo
Na calmaria da alma.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Professora...

Fostes tu que me ensinaste as primeiras letras, os números e a juntar pedacinhos.
Juntando pedacinhos, montei um mundo novo, com as cores que eu mais gostava, com sabor de quero mais.
Fostes tu que ficou a maior parte do dia comigo, que sorriu ao receber o papel rabiscado tentando expressar todo meu amor por ti.
Fostes tu querida professora, que percebeu que eu não estava bem, mesmo com mais 30 alunos gritando e correndo em volta de ti.
Fostes tu que me segurou pela mão e disse que não me abandonaria, que estaria sempre ali...alguém em quem eu podia confiar.
Fostes tu que até o último dia me ensinou a dividir, e então, dei pra ti, para sempre meu coração.

Memórias...como aluna, como professora.
Todos somos trabalhadores. Todos cansamos ao final do dia do trabalho. Todos obedecemos ordens. Todos temos o estresse da rotina diária do ir, cumprir tarefas, metas, horários, voltar...
Mas eu, professora não sou trabalhadora. Não me estresso. Não me canso. Não recebo salários conforme as metas alcançadas. Não! Eu não!
Eu recebo sorrisos, flores e abraços. A confusão na hora da chamada: viro mãe, pai, vó, tia...
Eu recebo as lágrimas das crianças feridas no seu "lar" e mesmo assim, tento ensinar que bater não é a solução.
Eu recebo os gritos daquele que só quer ser visto/ouvido, em algum lugar, qualquer lugar, pelo menos uma vez na vida.
Eu recebo a mão trêmula, o silêncio da palavra, daquele que sofre tanto e que não é capaz de olhar nos olhos, de se considerar alguém.
Eu recebo pilhas e pilhas de trabalhos, letras confusas pra corrigir enquanto tu estás festejando com os amigos.
Eu sofro pensando se aquela criança vai estar amanhã na aula, se vai sobreviver aos ataques das ruas ou se vou encontrá-la catando latinhas.
Ser professora não são apenas as 4 horas que passo com cada um dos meus alunos...da minha centena de alunos.
Ser professora e viver essa palavra nas 24 horas do dia. É ter na mente e no coração a vontade mais verdadeira e real de fazer a diferença naqueles mundos tão diversos, tristes e devastadores com os quais me deparo a cada dia.
Ser professora, não é a minha profissão...É minha filosofia de vida...é a minha vida.




Minha admiração pelo professores, pelos educadores que tive a honra de ter na minha caminhada não pode ser explicada, nem transmitida em palavras...apenas na minha ação. Por isso escolhi ser mais do que professora, ser uma educadora. Obrigada!

domingo, 5 de setembro de 2010

Orkut e a vida

Olhar o Orkut desperta sentimentos estranhos. Coisas que acontecem, que aconteceram. Que fizeram sentido e hoje não mais. Que fazem amar, odiar ou, simplesmente, soam tão estranhas como uma língua estrangeira aos nossos ouvidos.
Por ali se vê a vida passar. E ela passa ligeiramente, como passos de um tigre que ataca sua presa. A velocidade da vida é voraz.
Casais que se formam, ou separam. Amigos que se conhecem e que de repente, a distância faz não reconhecer. Meninas tornando-se mulheres. Mulheres tornando-se mães. Alunos virando amigos, confidentes numa terapia on-line.
Aqui reencontro amizades valiosas e percebo que outras não têm nenhum valor. Tenho notícias daqueles que me são tão especiais mas com as quais não posso compartilhar sorrisos, lágrimas, esperança ou dor.
Oh Orkut! Quantos orkutcídios já cometi, na estranha esperança de que sua morte fosse acalmar meus sentimentos. Triste sonho. Pra ti então retornei tantas outras vezes. Se és bom ou ruim, ainda não sei. Mas, no dia em que não me acometeres suspiros, alegrias e quem sabe até aquela nostalgia, eu te abandono sem dor.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Digo

Faz tempo que não escrevo. Tempos em que a melodia da poesia não toma conta do meu ser e se esvai pelas minhas mãos surgindo aqui nesta tela.
Sei, e sempre soube para falar honestamente, que assim como os grandes poetas do romantismo sou movida a sofrimento e emoções intensas. A vida não anda intensa.
Pra tudo que me perguntares vou responder com um "tudo bem" prá lá de sem graça.
Porém, nos últimos dias, alguns acontecimentos me levaram a repensar minha ausência, que ironicamente - ou seja lá do que posso chamar - foi sentida.
Pois bem aqui estou. Mas, sobre o que falar?
Digo que meus olhos se umideceram ao ler palavras tão carinhosas de um menino que tão pouco viveu mas que já sabe a diferença que o amor faz em nossas vidas.
Digo, que mesmo sem palavras ditas, a presença é sentida, apenas não revelada.
Digo, que família é uma palavra que ainda não vai sumir do dicionário, nem virar palavra rara em círculos de conversas, pois ainda existem na sua mais real e bela essência: amizade, carinho, afeto, consideração, respeito e dignidade.
Digo, que amigos não precisam estar 24h ao seu lado, nem te ligar a cada minuto. Amigo é aquele que simplesmente lembra de ti, e te olha sem inveja, sem falsas palavras e te ajuda a crescer.
Digo, que mesmo na ausência de tudo, há tudo a sua volta, basta você sentir! Abra os olhos, o coração e se permita!

sábado, 31 de julho de 2010

Falta paixão

A paixão move a vida, nossas relações. Nos incita a ir em frente, a buscar novos horizontes.
As pessoas, quando estão apaixonadas, têm um brilho diferente. É algo que invade todas as esferas da vida, o corpo e a alma. Quem não tem paixão parece que vive em estado de decomposição. Vai se esvaindo e se permitir, chega à morte.
Não lembro bem a última vez em que estive apaixonada. A paixão parece que me abandonou ou, de repente, me tornei descrente dela. Será? Logo eu que busco a paixão em todos os lados? Eu, que preciso respirar paixão pra me sentir viva e plena?
Acredito na paixão, desejo paixão...mas ela foi me abandonando.
A paixão abandonou meus olhos, meu corpo, minha alma. Já não tenho brilho, nem luz.
Minha respiração ofegante busca em todos os lugares encontrar a inspiração. Encontro apenas ausência.
Tudo perde a graça e meus suspiros são de cansaço, de dor.
Olho em volta. Onde está o brilho da criança que descobre? Onde está o sorriso dos lábios que se encontram? Onde está o alívio de viver e de sentir-se viva?
Tudo é angustiante. Cansativo, degradante. Nada basta. Tudo exauri. Falta algo...falta paixão.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quem é você?

Você sabe quem é você? Qual sua essência? E o que os outros enxergam, se aproxima da sua própria visão? O que você passa aos outros?
No percurso de nossas vidas não são raros os instantes em que escutamos: "Não interessa os outros", "Não dê bola para o que os outros pensam". O quanto essas afirmações são realmente utilizáveis em nossas vidas?
A vida é feita de relações; profissionais, sociais, amorosas, familiares. Então, será mesmo que não devemos nos importar com o que os outros pensam da gente?
Bem, entramos em duas vertentes. Pelo menos nessa simplória análise.
Pessoas desencanadas, que gostam de transgredir, com certeza não devem dar muita atenção para os comentários alheios, porém...
Aquelas pessoas que se importam com as relações que tentam construir vão selecionar aqueles aos quais darão ouvidos. Mais ouvido ainda quando as colocações se repetem entre as pessoas do seleto grupo denominadas "importantes" nas suas relações.
Às vezes, temos a visão do Eu contrastada com o que os demais enxergam. Algumas vezes, até concordamos parcialmente com suas colocações pois há uma grande diferença do que EU SOU e do que eu permito que os demais vejam.
Somos aquilo que os olhos alheios conseguem alcançar. Depois de formada a imagem, dificilmente ela conseguirá ser modificada, principalmente quando não for dada a oportunidade para que as pessoas se dispam de seus receios iniciais e possam desabrochar demonstrando sua grande magnitude. Dê chance aos outros. Chance para seus olhos, chance para seu coração. Não se feche nas primeiras impressões, porque, felizmente, nem sempre a primeira impressão é a que fica.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tanto tempo...

Tanto tempo passa, passou. E lá fora as coisas permanecem da mesma forma. Tudo na sua rotina, na sua correria para acontecer. O tempo passa de forma tão veloz que só nos tocamos disso quando mudamos a folha do calendário.
Janeiro, fevereiro, março; e o primeiro trimestre se foi sem grandes emoções. Começou com a paz do período de férias, com o pensamento positivo de que esse ano ia ser diferente; muito melhor do que o ano anterior. Terminou com a volta ao trabalho, à rotina diária de corridas entre o horário do almoço e da próxima rodada de trabalho.
Abril, maio e junho; o segundo semestre já dá abertura para o cansaço e já pedimos novamente férias.
Julho começou, ops!!! Julho já está no fim e parece que vai ser um período de férias de inverno típico: frio e chuva. Nada melhor que se atirar debaixo das cobertas, manter a prateleira atualizada com filmes e os armários da cozinha cheios de boas guloseimas: chocolate, pipoca, negrinho, pães de queijo e tudo mais que for do gosto.E então já vem...
Agosto logo estará aí e setembro vem fechar o terceiro trimestre. Ainda há tempo para sonhar e quem sabe, outubro, novembro e dezembro para concretizar. O tempo passa, rápido e veloz como só ele. Nesse "tempo" criado, inventado por nós, homens, vivemos tentando controlá-lo ou se assim não for possível, pelo menos encontrar uma forma de fazê-lo passar um pouco mais demorado. Mas ele está além do nosso controle. Não segue regras. Impõem. E nós humanos apenas vemos/sentimos ele passar. Tanto tempo que já se foi, tanto tempo que ainda há de vir, assim esperamos!

domingo, 20 de junho de 2010

Vago

Saudades de ter amparo para os meus pensamentos
Que vagam à procura de um porto.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sem lógica

Roubaram meus pensamentos.
Já não sou dona de mim.
Não guio meus passos,
Sigo tuas pegadas.
Não penso no amanhã,
Espero você ditar meu futuro.
Não te digo nada,
Repito teus sons.
Ausente de mim,
Presente somente em ti.

domingo, 13 de junho de 2010

Em busca de inspiração...

Ando ausente. Ausente nas minhas escritas. Me falta a essencia, a magia que me inspira. Assim como os grandes poetas do Romantismo, sou movida pelo sofrimento e pela paixão que fulmina o coração.
Não estou sofrendo - o que de fato não é tão mal assim. Não estou apaixonada - e isso sim me parece ruim.
Parece que eu e a paixão brigamos há alguns anos atrás e não conseguimos mais nos entender. Sinto saudades dela. Ela é como o tempero na culinária. Sem ele, a comida fica sem graça. Sem a paixõ fico assim, como poderia dizer, normal. Nada pior do que o normal. Gosto do diferente, do entusiasmo, da magia, do desejo. Mesmo que não seja correspondido... pois a paixão nos dá esperança.
Enfim...acredito que se quero continuar minha caminhada de "escritora" - que ousadia minha me declarar como tal, mas espero ter amenizado com as aspas - preciso procurar a inpsiração em outros lugares.Em busca de inspiração...mesmo sem a paixão!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pensamentos inconclusivos...

Hoje estava no shopping ajudando minha irmã a comprar presentes para o Dia dos Namorados. Financeiramente falando, agradeço por não ter um. Assim não preciso gastar. Sentimentalmente falando, estou triste. Não pela falta de namorado mas porque nesse dia 12 de junho ficarei sozinha. Nem haverá, como no inverno passado, minha irmã para brindarmos juntas.
Nesse 12 de junho vou trabalhar, voltar para casa e provavelmente dormir, abraçada com minha gata.
E eu, que sempre disse que jamais queria virar uma solteirona com animais de estimação, me vejo aqui, com minha gata a me olhar. Com seus olhos grandes - parece o Gato de Botas do Shrek - ela me cativa e parece ser a única que sente a minha falta.
Mas, depois de todo esse melodrama, fico pensando...
Os pensamentos não chegam a nenhuma conclusão e se me perguntarem, ficarei subitamente em silêncio, retornando aos meus pensamentos - sem concluir nada.
Namorar ou não namorar? Eis a questão. Ah, não sei. Não me vejo nesse estado tão caótico e enlouquecido pela busca de um namorado. Gosto de estar sozinha. Gosto de namorar também. Mas, namorar para quê? Por quê? Tão apenas para saciar a carência? Ter sexo disponível - quase sempre? Ter alguém pra sair e mostrar para os amigos? Ter aguém para dividir as contas - ou que pague elas totalmente?
Não! Nada disso. Namorar é outra coisa.
É ter alguém com quem compartilhar o silêncio, a insegurança, os medos,as alegrias e os devaneios. É ter alguém pra festejar as conquistas, a quem empurrar pra frente e que te empurre nos momentos em que pensamos desistir. Namorar, é ter alguém que te admire, e ao qual você possa admirar. Namorar, é ver naquele outro ser, nosso próprio eu refletido...às vezes nas perfeições mas, também, nas imperfeições e mais do que tudo, aquilo que gostaríamos de ser. É ter alguém que te conhece no olhar, em cada gesto...mas mesmo onde o silêncio basta, consegue dizer as palavras certas, que te acolhem, te felicitam e nos dando a certeza que aquele alguém TE AMA.
Será tudo isso utopia? Será esperar demais como, se de repente, um milagre se sucedesse? Não sei...não chego a conclusões, mas queria muito que tudo isso fosse possível e plenamente desfrutável, por todos, em algum dia de suas vidas...e..."que seja eterno enquanto dure", como diria Vinicius de Moares.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dia dos namorados

Seu melhor dia dos namorados não foi com nenhum namorado.
Ficaram durante alguns meses, talvez dois, três, numa paquera de olhares e sorrisos. Um dia ela tomou coragem. No meio da conversa o chamou para um cinema.
Se encontraram na hora marcada num shopping da cidade. Se olharam, se abraçaram. Cumprimento normal entre conhecidos.
Entraram no cinema e sentaram-se. Ele do lado esquerdo dela. O filme inicia e os dois prestam atenção.
De repente, tudo fica escuro. Os dois fecham os olhos e se entregam a seu primeiro beijo.
Um beijo intenso, forte, molhado. Suas línguas se acariciam de forma intensa. Era o desejo aguardado já há um bom tempo em suas mentes.
As luzes se acendem. O filme acabou. Saem da sala como se fossem dois namorados em início de namoro. Saem caminhando, abraçados e se beijando. A paixão estava no ar.
Vão para casa e ali permancem durante todo o final de semana.
Apenas se amam. Durante um final de semana, apenas os dois existem no mundo. Rolam pela cama...da cama para o chuveiro...do chuveiro para a cama.
Ele tem um corpo forte, magro, rígido. Ela o deseja. Fazem amor como ela nunca tinha feito. Pela primeira vez - quem sabe se algum dia terá a mesma sorte - sentiu o que era "fazer amor" de verdade. Sentiu a união de seus corpos que foi mais intenso do que qualquer pessoa possa imaginar. Suas almas tiveram um encontro. Seus corpos se uniram por um pequeno instante. Na memória a lembrança permaneceu com o passar dos tempos.
Um dia, muitos anos depois deste acontecimento, ela ouviu de um homem que sexo era sexo. Que não podia variar muito de uma experiência para outra. Felizes aqueles que puderam experiementar o êxtase maior do amor.

Feliz Dia dos Namorados para aqueles que encontraram sua alma gêmea, sua cara metade, sua tampa da panela ou a metade da laranja. Para os que ainda esperam pelo amor...não desistam, jamais...antes de sentir o amor de verdade. O amor que nutre, cuida, compartilha e alegra.

domingo, 6 de junho de 2010

Lágrimas

A dor era maior do que seu corpo, maior do que sua mente. Precisava de alguma forma deixar aquilo sair. E como se cada lágrima pudesse aliviar aquele sentimento, deixou a primeira sair.
Saindo pelo canto do canto, rolou pelo seu rosto. Parou na sua boca mas ela não engoliu. Deixou outra sair e assim se foram mais uma...e outra...mais outra.
Com cada lágrima despejava um pouco da dor, da tristeza, da angústia.
Sabia ela que não era só a lágrima. Aquela gota levemente salgada levava consigo muito mais. Abandonava a crença de que segurá-la era ter força. Começou a entender que precisava deixar a força se renovar. E como numa limpeza da alma trocou seu estoque.
O alívio veio e com ele a superação. Calma, lenta, sem pressa e sem exigências. Tudo iria melhorar e aquele sentimento tão angustiante passaria. Respiraria aliviada, certa de que tinha novamente reconquistado a paz.

terça-feira, 25 de maio de 2010

E de repente...surgiu a vontade

_ Vontade de quê?
_ De tantas coisas!
_ Mas por quê?
_ Ah! Fiquei escutando um Cd antigo que achei entre tantos. Lembrei da época em que embalavam encontros, sentimentos, desejos, aventuras...tanta coisa! E de repente percebi que atualmente estou sem trilhas sonoras. Nada de momentos especiais, pessoas especiais, músicas marcantes para momentos inesquecíveis.
_ Srem pessoas especiais? Como assim?
_ Não há ninguém por perto. Todos estão longe. Queria alguém perto o suficiente...pra me sentir, me entender, saber o que sinto...compartilhar meus sonhos e desejos.
_ Hum...entendo. Mas...será que não tem ninguém mesmo?
_ Hehehe... Na minha cabeça, meu coração, até tem. Infelizmente, isso tudo só existe em mim.
_ Tem certeza?
_ Certeza, certeza...nunca temos né. Mas, vou esperar mais um pouco...afinal..é "ele que me causa suspiros...desejos. Ele que me traz boas lembranças. Ele é quem vejo nos rostos alheios. Fico na vontade...

domingo, 16 de maio de 2010

Presentes...

Sem graça é aniversário sem presente. Não pelo presente em si. Posso ir ali no shopping e comprar um pra mim...como sempre faço. Mas...sinto falta dos pacotes. Adoro pacote de presente. Dentro pode vir algo bem simples, uma bala, um bombom...mas...há toda uma magia em abrir o pacote. Desfazer o laço bonito...tirar o durex.
Criança geralmente rasga tudo, impulsionado pela pressa em ver o que recebeu.
Eu sempre gostei de abrir devagar. Primeiro ler o cartão...curtir sua textura, sua sensibilidade e carinho...Depois abrir a embalagem...bem devagarinho, pra gravar o momento. Afinal, não é sempre que somos presenteados. E eu, adoro ganhar presentes...adoro ser lembrada.
Tão bom quando somos crianças...aqueles festinhas cheias de crianças, os familiares...e os presentes todos colocados sobre a cama para serem mostrados para quem chegar. Depois ficamos velhos...e os aniversários passam a não ter mais graça. As crianças somem dando lugar a cumprimentos que na maioria das vezes vêm de forma mecânica, apenas por obrigação.
Há alguns anos atrás comecei a não gostar de Natal. Agora parece que o sentimento se espalha para a comemoração das primaveras.
Nas minhas próximas compras, vou pedir tudo embrulhado pra presente, bem bonito...e nada daquelas embalagens que você empacota em casa. Quero criar a sensação de surpresa...O que será???

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vazio

A cabeça parece vazia. Mas está cheia.
Pensamentos desconectos, conectados na sua falta de sentido.
Penso.
Respiro.
Não concluo pensamentos.
Instável.
Quero a permanência.
Tudo e nada. Nada e tudo.
Não me julgues.
Crie hipóteses.
Deixa eu ser teu objeto de estudo.
Julgar, não preenche meu vazio.
Me simplifica num sim ou não.
Não quero "certa" nem "errada"
Quero análises não acabadas.

domingo, 2 de maio de 2010

medo

O coração anda tenso. A respiração sufocada. Os olhos, molhados. As mãos estão frias. Meu corpo pesa mais do que o normal. Estou cansada...e tenho medo.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

De bem com a vida...

Estar de bem com a vida
É andar na rua sozinha, e mesmo assim sorrir,
É escutar uma música e se sentir embalado a dançar,
É querer cantarolar aquela música que está na cabeça desde que você acordou.

Estar de bem com a vida,
É ficar satisfeita por estar em casa,
De baixo das cobertas,
Com a gata esquentando seus pés.

Estar de bem com a vida,
É sentar na frente to teclado,
Deixar a mente fluir
E não se preocupar em rimar.

Estar de bem com a vida,
É estar satisfeito com o dia que passou,
Com o trabalho realizado,
E com o beijo de despedida babado.

Estar de bem com a vida,
É agradecer pelo que se passa,
Mesmo não sendo hoje o melhor dia da sua vida.

Estar de bem com a vida
É olhar ao redor
E conseguir enxergar o que sempre estave ali
Mas você nem havia notado.

Estar de bem com a vida
É acordar cedo,
Levantar da cama,
E sair pra ver o céu.
Respirar fundo,
E dizer pra si mesmo:
Obrigada!!!

domingo, 25 de abril de 2010

Ser ou não ser; eis a questão

Estava pensando nas virtudes que admiro. São muitas!E apesar de serem tantas tenho dificuldade em encontrar pessoas que se encaixem em pelo menos metade delas.

Admiro as pessoas que olham nos olhos;
Que falam o que sentem;
Que são honestas consigo e com o próximo;
Que não tenham pressa em fazer as coisas acontecerem;
Que saibam valorizar as pequenas coisas;
Que não fiquem presas a certos padrões inventados;
Que gostem da arte de conquistar;
Que realmente sejam carinhosas e gentis;
Que não escondam seus sentimentos;
Que não façam "tipo" pra agradar a todos;
Que fazem o que dizem, e pensem o que falam;
Que são capazes de permancerem em silêncio admirando a plenitude da vida;
Que são capazes de abandonar seus afazeres para fazer uma surpresa a quem ama;
Que respeitam a forma dos outros agirem, mesmo que às vezes possa incomodar;
Que tendo algo que incomode, sejam capazes de sentar e dialogar;
Que são capazes de enxergar seus erros e não apenas o do outro;
Que são capazes de se exporem, sem medo de serem ridicularizados...



Porque falar é muito fácil. Difícil é colocar em prática tudo que um papel ou uma tela de computador aceita. Descobri porque minhas relações não andam dando muito certo. Tenho passado muito tempo na Internet.Minhas relações estão praticamente todas no plano virtual. Aqui, todos são. Todos podem ser o que quiserem. Na vida real, se demonstram tão diferentes. De repente, entro em uma comunidade e me intitulo: Sou isso, Sou assim, Gosto disso, Odeio aquilo...mas, quando saimos desse terreno, tudo pode vir a desmoronar. Mostramos nossas falhas, e quem sabe, aquilo que desejamos muito ser...mas jamais seremos.

Entre torres, muralhas e obstáculos...


Como é difícil se fazer entender, entender aos outros. Uma vez escutei algo que dizia mais ou menos assim: o que sai da sua boca, está sob sua responsabilidade. A forma como os outros vão receber o que dizes, não. Caberia esse ditado às nossas ações?
Às vezes fico escutando as pessoas falarem do jeito como eu sou. Nem sempre elas me compreendem, outras, o fazem de forma parcial ou distorcida.
Já passei por muitas coisas na minha vida. Algumas são tão bem guardadas que apenas existem em minha cabeça (e isso não é invenção dela). Escondo tantas coisas pois não gostaria de sentir o peso dos olhares piedosos. Não estou querendo me gabar pelas péssimas experiências que tive. Bem pelo contrário. Mas odeio quando me dizem: "Ah, eu também já passei por muita coisa, e blá,blá, blá...". Cada um com suas dores. Isso não justifica nada. Você pode optar como utilizar suas experiências. Fiz minha opção e devo me responsabilizar por ela. E por isso...
Ninguém me conhece inteiramente. Ninguém. Todos conhecem partes, às vezes superficiais, outras, penetrando na intimidade, mas jamais, um conhecimento íntegro.
Aprendi aos poucos, a olhar mais, escutar mais e esperar para agir. Pago um preço cruel por isso.
Algumas pessoas acreditam que me bloqueio, me escanteio do mundo, crio obstáculos às aproximações. Verdade. Sei que sou assim. O que ninguém sabe ou se pergunta é o porquê. Preferem se afastar. Perdem a chance de penetrar as muralhas e conhecer-me de verdade. E isso é possível. Para me conhecer não há necessidade de se saber por tudo pelo que passei. Fiz essa escolha há pouco tempo. Não contarei minha vida toda a cada pessoa que pisar nessa estrada chamada Bruna.
Mas, como pode alguém ultrapassar as barreiras e adentrar nesse território? Calma! Acredito ser mais fácil do que atravessar o México para entrar nos EUA (hehehe).
O difícil é encontrar pessoas com tal sensibilidade e elevação espiritual.
Hoje em dia ninguém quer descobrir, conhecer ninguém. As pessoas querem entrar na Internet e verem tudo sobre o outro: como é, como devo agir, como, como, como...
Passou o tempo em que as pessoas usavam semanas, meses das suas vidas se dedicando a alguém.
A Bruna de hoje não é a mesma de algum tempo atrás. Agora tenho a certeza do que quero e não desejo para minha vida. Vou ficar aqui, dentro da minha torre e tenho uma certeza, quem conseguir me tirar dela...realmente é merecedor de receber tudo que eu posso oferecer.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dando um tempo...

Vou dar um tempo por aqui. Cansei das palavras repetidas. Dos sentimentos sucessivos. De todas as baboseiras que escrevi pensando unicamente em você. Cansei do pensamento persistente na falta que você me faz e na vontade louca de estar ao teu lado. Vou dar um tempo...pra você... de mim...pra mim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Queria falar...

Eu queria mais de ti. Mais do que "oi, tudo bem,tchau" que me ofereces. Queria te ter ao meu lado, contando piadas ou no silêncio mudo da noite. Queria teus sorrisos e carinhos, queria teu humor e o teu cheiro. Queria teu cheiro na minha pele e teus lábios na minha boca. Queria tanto poder falar tudo isso...mas sei que tão pouco te importas em ouvir. Queria falar...mas contigo fico muda, perco a voz ao te olhar pois vejo em ti refletido o amor que cresce no meu peito e que talvez tu nem enxergues ou não queiras enxergar.
Ah coração bandido! Por que teimas em bater forte? Talvez seja tu o único capaz de demonstrar, através das tuas batidas cada vez mais forte, o que eu ouso calar... Queria falar o quanto gosto de ti... Queria falar...mas tu precisava escutar!

domingo, 18 de abril de 2010

Ontem...

Ontem fiquei pensando em ti
Em cada rua que andei,
Nos lugares que passei,
Nos casais que admirei.

Ontem fiquei pensando em ti
Nas palavras que de ti ouvi,
Dos carinhos que de ti recebi,
Nos desejos que despertaste em mim.

Ontem fiquei pensando em ti
No quanto te queria ao meu lado
De como queria te dar carinho
Na falta que tu me faz.

Ontem fiquei pensando
Que sem tua presença fico sem graça
Passo o tempo suspirando,
Falando no teu nome
E querendo tua atenção.

Ontem fiquei pensando
Que pelo jeito, não há mais jeito.
Se houve algo, já passou,
Só tu que que ficou
Preso ao meu pensamento.

Ontem, fiquei pensando...
Porque infelizmente
É a única forma de ter em mim,
Apenas em meu pensamento...
Ontem, hoje...e quem sabe, amanhã.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coração

Coração por que és tão mau?
Por que me machucas tanto?
Por que faço as escolhas erradas?
Por que não reconheço o fracasso antes dele chegar?

Ah, coração!
Deixa eu ser feliz,
Encontrar alguém
Ser amada e amar
Sem medo e mentiras.

Ah, coração!!
Tenho muito amor pra dar,
Carinhos pra oferecer
Ombro pra aconchegar
Sorrisos pra compartilhar.

Ah, coração sofrido!!
Sei que ainda não cansaste de amar
E vais permitir
Deixar o amor chegar.
Ah, coração...
Bate feliz...
Só mais uma vez...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Desabafo...

Eu preciso desabafar. Gritar ao mundo que não aguento mais. Eu já disse isso. Disse no momento em que te dei adeus. Quando disse que tudo acabou. E de fato, acabou. Pra mim, não há mais nada. Se foi o amor, a possível admiração, a paixão, a amizade...se é que algum dia, nesses tantos anos, algum desses sentimentos existiu.
Hoje já não consigo mais carregar o fardo que é tua existência. Tua memória na minha mente bastam para saber o que é certo e errado. Basta pra eu saber o que quero manter na minha vida e o que quero distância.
Não quero ouvir de ninguém palavras moralistas, eu já me enchi disso. Me recriminei por ter, por tanto tempo, ido contra meus ideais, meu próprio código de ética. Tudo isso porque acreditei fielmente de que eu pudesse fazer algo. Eu tentei. Por longos anos tentei ser pra ti um exemplo. Sei que não sou um ser supremo, tenho meus erros, mas tenho comigo minhas vitórias, minha superação, e minha plena convicção de que não preciso de ninguém para ser o meu melhor: preciso apenas da minha força de vontade e da minha luta.
Agora...depois de mais de um ano...depois de tanto ouvir que eu era a pior pessoa do mundo, tendo meus defeitos (por mim não considerados como tais)jogados à cara, tentarem me fazer entrar de novo nesse vício doentio que é a tua vida??? Não!!!! Eu não vou deixar! Eu não permito!! Eu não mereço!!
Não vou cair nessa armadilha que já compreendi como funciona. Que tantas vezes me levou ao fundo do poço.
Falar alguma alguma coisa a respeito? Não! Hoje não mais. Apenas uma coisa: eu fiz de tudo; o que podia e não podia pra tentar...não me digam ao contrário. Se alguém perdeu tempo, fui eu. Perdi tempo com algo que só me tirou a energia e a moral. Não te carrego mais!

domingo, 11 de abril de 2010

Manhãs de domingo

Acordar..olhar pro lado e ver minha gata ali, me olhando. Bichinho mais perfeito eu nunca vi. É minha companheira pra tudo. Se estou em casa, tá por perto, vem, me olha, me faz carinho. Se estou dormindo, vem pro meu lado, se aconchega e dorme também. Se quero tomar um chima, ela vai junto. Fica em volta, me olha, às vezes solta um miado. Se estou estudando, quer estar ali, deita sobre os textos, mexe nas páginas...
Adoro as manhãs de domingo. Nunca tenho compromisso marcado. Realmente é esse o meu dia de descanso.
Adoro acordar nas manhãs de domingo e ver um dia ensolarado. Preparar um chima e ir curtir com a Xica. Ficamos nós, seja na praça ou embaixo do prédio mesmo. Gosto da sombra, dos cheiros dos almoços dos vizinhos ou o som das caturritas voando pelas árvores.
Manhãs de domingo são gostosas. Aliviam a mente. Trazem paz para o corpo e a alma. Penso na vida, mas sem o peso que teria se eu estivesse dentro de casa. Minha casa pesa sobre o meu corpo. A rua me deixa leve. Tudo está em seu lugar. As árvores, os pássaros, as flores, as borboletas...as nuvens e o sol.
Gosto quando consigo transformar as manhãs da semana...em manhãs de domingo. Dá uma outra vibração pro resto do dia. Tudo fica mais tranquilo, leve, suave... Quero levar minhas manhãs de domingo para as tardes de segunda, de terça, quarta e quinta, de sexta e sábado. Quero levar para as noites...dos sete dias da semana... Manhãs de domingo...assim que quero todos os dias!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Por que mamãe não me ensinou a ser uma dama?

Mamãe me educou errado. Se preocupou em dar educação de qualidade. Me ensinou a organizar minhas coisas, cuidar das minhas coisas, da casa, da minha irmã. Com ela aprendi a cozinhar, parada ao lado, olhando ela fazendo a janta.
Me ensinou a não responder aos mais velhos e me comportar na rua. Me ensinou a tomar minhas próprias decisões e ser responsável. Me ensinou a ver as pessoas por sua essência e não pelo que elas aparentam ter.
Tá, e o que isso tem de errado? O que era pra ela ter me ensinado?
Ela devia ter me ensinado a fazer chapinha no cabelo todo dia (tudo bem, naquela época não tinha, mas secador de cabelo e escova sim!).
Devia ter me ensinado a comprar nas lojas de marcas ao invés de me ensinar a economizar.
Mamãe devia ter insistido que eu participasse do Baile de Debutante: aquele baile onde as "meninas" de 15 anos são apresentadas à sociedade, depois de terem percorrido a nata da sociedade.
Devia ter me ensinado a andar de saia curta, sapato alto e decotes poderosos.
Devia ter me ensinado a resolver as coisas de forma simples: cirurgia plástica!
Devia ter me ensinado a falar besteiras e ter insistido nos programas do horário nobre da TV (vide Viver a vida).
Devia ter me ensinado a gastar meu dinheiro com coisas úteis: bolsa Vithor Hugo, Dimathos (me perdoem se errei na ortografia, culpa da minha mãe que não me apresentou às grandes marcas desde pequenina).
Minha mãe devia ter me ensinado a ter jogo de cintura: segurar vários caras ao mesmo tempo, mantendo papinhos xaropes por mensagens no celular.
Minha mãe devia ter me ensinado o poder de conhecer marcas de carro, assim como reconhecer o som de cada motor( muito propício para momentos de caça. Você nem precisa desviar o olhar do gato surfista que te passou dando mole e já sabe que vem vindo o mauricinho que faz Direito na ULBRA - nada contra a instituição).
Minha mãe devia ter me ensinado o kit básico que toda mulher deve carregar: homem rico, com carro e status.
Pior erro da minha mãe, ter deixado eu fazer Magistério e depois me formar em História. Afinal, professores são uma corja de vagabundos que não fazem nada o dia inteiro e reclamam dos seus salários. E a História??? Nem vou comentar...que ala miserável é essa, que pensa que sabe tudo e opina sobre tudo. Opinião??? Minha mãe definitivamente não me ensinou que mulher boa é muda!
Pois é..minha mãe não me deu educação, não me ensinou a ser uma dama requintada, como todos os homens desejam (ou pelo menos 99,9% dos homens - os que não desejam são gays). Mas, quer saber? Sempre fui muito mais dos anti-herois, quem sabe então, uma anti-dama?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Olhares

Às vezes escuto ou leio algo que me escrevem, e fico me perguntando se realmente sou tudo o que dizem. Já ouvi inúmeros elogios e fico lisonjeada com a forma carinhosa e cheia de admiração com a qual algumas pessoas me descrevem.
Mas tenho em mim uma grande dificuldade de saber exatamente o que sou e o que não sou. Talvez porque tenha comigo que sou muito mais do que os outros querem ver e que seus olhos e cerébros permitem ver, do que realmente minha essência diz.
Sou racional demais, mas muitas vezes me incomodo com a dificuldade que tenho em administrar minha emoção. Geralmente estou sorrindo, mas dentro de mim, ecoa uma tristeza que me angustia, me maltrata, e muitas vezes, permito que ela se espalhe.
Sou idealizadora, sonho e acredito em certas coisas, mas às vezes, me perco em minhas idealizações, abrindo espaço para o pessimismo e o medo.
O que esperam de mim? O que eu espero de mim? Não sei...
Queria mostrar todo o melhor que sei que sou...mas sinto que não alcanço seus olhares, longes, distantes de mim.
Será que eu não alcanço ou são seus olhos, tão pequenos e presos ao olhar costumeiro, do normal, daquilo que se quer evitar???
O que vês em mim?? O que queres de mim olhos que julgam e ferem?? Como você me olha, olhos negros?
Deixa teus olhos me verem...alcançarem minha alma. Ela está aberta pra ser descoberta...Permita-se enxergar o que jamais vistes em lugar nenhum, pois sou única, e meus olhos buscam por ti.

domingo, 4 de abril de 2010

Por quê?


Mas de repente a tristeza toma conta da alma e transborda pelos meus olhos. As lágrimas caem deixando cicatrizes. Por que dói?
Porque de repente sinto a ausência da tua presença. Sinto a falta do teu sorriso que agora é o único que quero ver.
Quem inventou o amor deveria ter determinado: se eu gostar de você, você gosta de mim. Se eu deixar de gostar, você não vai sofrer, porque juntos estaremos em busca de novos amores.
O amor é assim...sublime, intenso...dolorido, mal...
Meus sorrisos escondem a tristeza. Deitada na cama, abraçada ao travesseiro, senti ela me sufocando. Por quê?
Gostar de alguém sempre é bom...quando ele(a) está por perto, quando as peles se tocam, quando os lábios matam a sede, quando suspiramos juntos.
Mas ela é triste...quando a distância afasta, a boca te rejeita, os olhos não te dizem nada, olham distante e não buscam você.
Vou deitar, fechar os olhos e dormir. Rezo a Deus pra só acordar, quando tudo se esquecer. Quando as lembranças já não causarem calafrios e ouvir seu nome não me cause suspiros...adormeço assim...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Des-encanto...


De repente...
Quero ouvir aquela voz a todo instante;
Ver aqueles olhos olhando os meus;
Quero mandar uma mensagem, dizendo qualquer bobagem, só pra dizer que lembrei dele(a);
Quero que sua voz seja a última do dia;
Quero dar o boa noite...repetida várias vezes até o telefone ser desligado de fato;
Quero dar um bombom, só pra ele(a) dar aquele sorriso;
Quero fazer uma surpresa, e aparecer de repente no meio da noite...

De repente...
Tudo pode mudar...
Já não quero dar ouvidos a seus papos;
Ligar a cam pra ficarmos nos olhando;
Não digo coisas que o(a) façam rir;
Não me interesso por suas coisas;
Não dou atenção às suas palavras.

Qual o limite entre o encanto e o desencanto?
Parece ser uma linha tênue...
De repente...tudo pode ser nada...
O que era tão próximo pode se distanciar...
O que era prazeroso se torna cansativo...
O que parecia fácil, se torna dificilmente complicado...
Des-encanto..triste fim para o encantamento.

terça-feira, 30 de março de 2010

Saudades


Sempre fui uma pessoa sem saudades. Não sentia saudades das coisas que haviam passado, pois elas não me traziam boas recordações. Não sentia saudades de ninguém, porque acreditava que, se elas tivessem ido embora, era porque realmente não haviam importância.
Hoje, tenho na minha memória pequenas lembranças de sentir a saudade. Mas aquela saudade doida mesmo, que deixa o coração apertado, sufocado. Que tem vontade de correr e gritar o nome da pessoa, como se assim, ela pudesse escutar e vir até meu encontro.
Infelizmente...essas poucas vezes...parecem ter sido saudades eternas...que pra sempre vou sentir.
Parece impossível reatar aproximações, sentí-las novamente perto de mim.
E aí me pergunto: Será que elas souberam? Melhor, será que eu soube?
Será que eu soube demonstrar meu amor, meu carinho, meu respeito e admiração?
Será que nas vezes que estivemos juntos eu consegui transmitir aquilo que minha mente e meu coração gritavam dentro de mim?
Tenho medo da resposta. Tenho medo...de mim. Porque dentro da minha mente ecoa uma vozinha dizendo: "Bruna, teu tempo passou...agora nada mais é possível!"
Sinto saudades... Pela terceira vez é aquela de doer...talvez a quarta...
Saudades do que? De quem?
Saudades da presença...do sorriso, do olhar, do toque, da palavra...Saudades...de mim...de você...Saudades...

domingo, 28 de março de 2010

Uma viagem...

Te encontro pelo Mundo...

Te encontro pelo mundo...
nas gotas da chuva que lembram você
no gesto carinhoso dos namorados no portão
no suspiro caliente do pós beijo.

Te encontro pelo mundo
a cada passo que dou
e busco teu rosto pelas sombras da multidão.

Te encontro pelo mundo
Oh felicidade esperada...
que parece estar tão ausente
e nem sei porquê se foi.

Te encontro pelo mundo
Ontem, hoje, quem sabe amanhã?
Pois sempre estarei te esperando
E seja como for.

Te encontro pelo mundo
Verdade escondida
Mentira revelada
Inveja despejada
Sorte roubada.

Te encontro pelo mundo
Tu? Quem sabe eu mesmo
No mais distraido dos lampejos
Memórias escondidas
Folhas rasgadas
Jogadas ao vento...
Te encontro...

Tempo

Ainda há tempo para paixões?
Sinto falta da respiração ofegante, dos abraços apertados, do carinho gostoso, do beijo na testa, das brincadeiras bobas, dos amassos nos cantos, do companheirismo, da mensagem de "Boa noite" e de "Bom dia"... Saudades disso tudo...e muito mais!!!

domingo, 21 de março de 2010

entre quatro paredes

Entre quatro paredes
Paredes que parecem muralhas
Presa estou.
Sinto sede, sinto fome
Desejo...
Mas meu corpo está pesado demais.
Mesmo assim
Nada impede a viagem
Nas minhas lembranças
Elas me carregam
Para onde não quero ir.
Não respiro...
Não ouço...
Não falo...
Não sonho.
As paredes me condensam
Num espaço cada vez menor.
Falta o ar...
Sobra a escuridão.
A vida parece suspirar...
seus últimos suspiros...
Suspiro entre quatro paredes
Ausentes de mim
Longe de mim
Sem fim.

sábado, 20 de março de 2010

Só...

Mais um dia passou...mas a dor é a mesma.
Um vazio na alma...
A cabeça cheia - mas não sei do que...
O estômago embrulhado...
A lágrima rolando.

Me sinto só...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Vida e Morte

Coração apertado. A semana foi pesadinha. Tanta coisa ruim aconteceu.
Algumas coisas eu já havia sentindo estarem mal há algum tempo. Outras, são acontecimentos que não têm retorno, solução ou possibilidade alguma a não ser aceitar. Bem, não sei exatamente se alguma delas tem solução.
Há um tempo atrás já estava chateada, magoada por achar que tinha perdido, de uma tacada, o rolo e o amigo. A frase mais usada, ou sentida melhor dizendo, durante esses primeiros 3 meses do ano é " perder o ficante não dá nada, mas o amigo, não dá". Pior ainda é quando a gente sabe que as coisas vão acontecer assim. E aí fico pensando...qual seria a motivação: falei besteira/fiz/não fiz alguma coisa, ou simplesmente, perda de interesse (a mais propícia, ou "menos pior" alternativa para mim? Bem, eu realmente não sei se isso tem algum tipo de solução.
Daí...continuando...
E aí entramos num assunto sério, não que o de cima não seja, afinal, as relações interpessoais são essencias para a vida. Bem, falamos então, da morte. Foram duas no mesmo dia. A esperada e a surreal. A doença e a fatalidade. O velho e a jovem. A doença e o acidente. O que dizer? O que pensar? O que falar? Nada a declarar. Apenas a sentir. Um tormento na cabeça, um vazio na alma, um questionamento que não encontra resposta. Tudo junto e misturado.
Pra fechar a noite...o único questionamento que eu fazia há tanto tempo...é respondido...resposta que eu não queria ter ouvido... dor.
O que tirar de tudo isso? Na vida ou na morte somos tomados de dor e felicidade. Na morte? Felicidade? Talvez a única forma de encontrar conforto (ou pelo tentar que seja), é pensar nas vidas que serão salvas pela morte de um.
Difícil viver...morrer...tanto quanto.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Tempos

Queria não pertencer ao passado, ou quem sabe...que ele não pertencesse a mim.
Queria viver o presente, e que nele, as histórias passadas não causassem um efeito dominó em mim.
Você, meu passado tão presente...
Seria eu, um passado presente em ti?

domingo, 14 de março de 2010

Ausência

Me sinto ausente do mundo. Parece que não faço parte dele.
Olho para as pessoas e elas parecem tão estranhas. Não me dizem nada. Não fazem sentido algum na minha vida.
O que mudou?
Eu mudei?
Eles mudaram?
Mudou o mundo ou os meus olhos?
Me sinto fria e dura perante todos. Não os quero por perto...mas quero presença.
Do quê?
O quê?
Por quê?
Interrogações presentes...
Conclusões ausentes...

sábado, 6 de março de 2010

Suspiros...

Cheiros exalados
Suor na pele
Pele quente.
Suspiro forte,
Marcante...
Desejos.
Boca molhada,
Boca seca,
Mordidas.
Língua...
Na pele
Na boca
No seio.
Mãos fortes...
Pegam
Rasgam
Puxam.
Delírios...
De ter
Te ter
Querer.

Bruna, a Estranha

Hoje acordei me sentindo estranha. Não sei exatamente como. Acho que é peso na consciência, por alguns motivos.
Na verdade nem consigo pensar direito sobre o assunto, pois parece que a cabeça está vazia e cheia ao mesmo tempo. Algo parecido com aquele dilema "o copo está meio cheio ou meio vazio?" E não tenho a resposta para essa pergunta.
Meu eu ético voltou com força total nesse dia de sabado quente e abafado dentro do apartamento. Me questiono sobre minhas atitudes; se estão ou não em sintonia com o que acredito ser certo ou errado.
Fazia tempos que não me sentia assim. Mas, felizmente ou não, é um sentimento que vez ou outra me assolam.
Olho pra minha gata, atirada atrás de mim, dormindo sem problemas ou questionamentos. Mas, se me mexo, ou vou em sua direção, ela me olha e lança um miado...Seria a resposta às minhas perguntas? Seria um puxão de orelha por estar fazendo algo errado?
Quantos devaneios passam na mente de um ser em questionamento, ou melhor dizendo, com a consciência pesada.
Para grande população seriam pensamentos que jamais os afligiu. Quem fica se perguntando se algo que lhe faz bem de imediato poderia interferir de maneira negativa? O que importa é o ganho fácil. O prazer instantâneo que lhe faz feliz. Ah Bruna...és uma estranha perdida em um mundo estranho...estranho para ti. Vou fazer minhas malas e ir para algum lugar onde os anseios/tormentos não me alcancem. Vou mudar de mim...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Antes, durante e depois...

Dizem que no sexo, devemos dar atenção às preliminares. Pois então, no amor, devemos ter atenção ao depois. Ao descanso que vem depois do suor correr o corpo, após o extâse fulgaz que grita ao mundo. É isso que procuro. Não quero apenas a busca...quero o encontro. Não quero apenas o estremecer, quero o adormecer ao lado. Não quero apenas o gemido, quero o sussurro do "Eu te amo". Eu quero mais...mais do que a pele pode manifestar, mais do que a respiração pode ofegar. Quero sentimento de plenitude, do encontro das almas que se fazem uma...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Meu adubo

Hehehe..engraçado colocar esse título numa postagem. Porém, lembrei de uma conversa que tive ontem com um amigo, na qual depois de um tempo, ele usou a expressão "infértil", ou algo semelhante para descreve-la.
Estava eu anteriormente lendo meu filósofo preferido; Nietzsche. E fazendo minhas análises e reflexões, hoje resolvi escrever a respeito.
O que faz algo tornar-se fértil? Ele tem que produzir, "dar em algo". E pensando na fertilização da terra, que nos dá frutos, flores e sombra; além de embelezar as ruas, pensei no adubo.
Quem seria então meu adubo? Poderia responder que F. Nietzsche o seria. Porém, ontem me dei conta de algo. Eu sou meu próprio adubo. Sim! Sou eu que me permito expandir, crescer, e não algo fora de mim. Nietzsche apenas me possibilita ter em mãos algo que fundamente e torne minhas ideias nem tão loucas assim. Afinal, não é ele prestigiado, odiado e questionado há tanto tempo?
Tudo que faz parte de nossas vidas é resultado da manifestação de nossas escolhas. O que me interessa, o que eu escolho pra fazer parte da minha vida são coisas que veem, de alguma forma a somar com minhas crenças; e não o contrário.
Quantas vezes nos tornamos fãs de alguém. Isso acontece porque olhamos e queremos ser aquilo ou o inverso, nos tornamos fãs porque aquele é o nosso reflexo?
Quem é teu adubo? Ou melhor, o que tu adubas? Pensei nisso...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Reflexo e reflexões

Qual teu reflexo no espelho? Enxergas o mesmo que as outras pessoas?
O que vejo ali além de um corpo não tão grande, nem tão pequeno...dos cabelos ondulados e do sorriso grande marcado no rosto?
E se os espelhos pudessem refletir nossa alma, o que estaria a minha frente?
Me supreendo com a profundidade com que algumas pessoas conseguem enxergar. E aí, falarei um pouco de mim, e da minha própria leitura da imagem refletida.
Às vezes tão menina, demoro a me ver mulher. Não sei se é o medo de perder a inocência da criança, do sorriso encantador. Tornar-se mulher pode parecer duro. Insensível. Não quero ser assim. Porém a vida, as dores, me fazem endurecer. Sinto isso.
Essa menina, com medo de virar mulher tem forças internas pouco perceptíveis. Muitas vezes a racionalidade corre tão forte que chega a doer...pois em alguns instantes era para ser mais emoção. "Deixa a razão de lado", me digo em determinadas situações. Mas, aí estou eu mais uma vez lutando contra a mulher, pois a racionalidade nada mais é do que a representação da maturidade que toma meus atos. Ou não? Não sei medir o meio termo.
Talvez esse seja o grande detalhe da vida, conseguir chegar ao meio termo. Radicalismos não parecem dar certo na maioria das vezes. Mas é difícil.
E nesse turbilhão de pensamentos que tomam minha mente; pra pensar no que quero ser/ ver diante do espelho, me deparo com demonstrações tão carinhosas, que surpreendem até mesmo minha própria noção de mim.
E escuto falar em uma Bruna doce, uma Bruna forte, uma inteligente, uma sedutora...Ah! são tantas Brunas. Não ouso dizer que alguma das definições estejam erradas ou certas. Com certeza há um pouco de cada uma em mim. Só quero permitir-me ver a mim mesma, inteira, sem barreiras ou reflexos que possam prejudicar a imagem refletida àqueles olhos que de alguma forma, não apenas me criticam, mas me ensinam a ver além do que quero.

Será amor?

Como sabemos se um relacionamento pode dar certo ou não?
Como saber se devemos apostar em uma relação?
Pra ser amor, tem que ser a primeira vista? Será que a paixão tem que rolar assim, de cara?
Fico tentando pensar e não chego a conclusão.
Quando somos adolescentes o amor acontece de repente. Logo, estamos fazendo corações no caderno e escrevendo o nome da pessoa amada em todos os lugares; às vezes até na pele, pra provar que é amor e que vai ser eterno. Sim, quando somos jovens o amor é sempre pra vida toda. Nem se quer ousamos pensar no fim. Essa possibilidade não existe.
E aí, passa o tempo, e a reflexão muda. Drasticamente diga-se de passagem. Agora, paro e penso: "Será que pode ser amor?" Quanta mudança a vida nos faz passar.
Não sei se era melhor antigamente ou se nos dias de hoje.
Sinto falta do antigamente. Daquela emoção enlouquecida, desesperada, sem medida, descompassada. Mas, a cada dia que passa, acredito que o amor verdadeiro não é tão cheio de momentos tão "enlouquecedores".
O amor deve ser algo calmo. Que nos transmita paz. Essa paz não é sinônima de marasmo. Bem pelo contrário. É uma paz de amizade, de serenidade, de comprometimento um com outro. É o companheirismo dos momentos: felizes, tristes ou qualquer outro.
No que apostar? O que esperar?
Fico na espera de um amor avassalador? Que causa aqueles suspiros do fundo da alma ou aguardo o momento certo onde perceberei que o amor está ali, logo do meu lado (um lado às vezes não tão próximo)?
Ah o amor!! Que venha, independente da forma, mas que seja real, verdadeiro e sincero.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quanto custa tua moral?

Não sei se sempre fui assim. Mas, há algum tempo, acredito desde que iniciei meu amadurecimento; pessoal, profissional e intelectual, primo pela ética das minhas ações. Nem sempre elas estão em acordo com o senso comum; até porque não me acho alguém comum.
Sempre tento fazer com que minhas atitudes estejam de acordo com o que realmente penso e acredito.
Não sou do tipo que dá sorrisos pra ganhar amigos. Bem pelo contrário. Às vezes "pago" de antipática, mas não creio que sou.
Mas, nem por isso sou daquelas que grita com todos tentando impor minhas ideias e conceitos. Também não gosto daquelas pessoas que acham que ser sincero é sair tocando a verdade na cara dos outros, não se importando com os sentimentos ou efeitos nocivos que podem causar.
Então quer dizer que sou adepta da política de boa vizinhança? Pode ser. Mas aplicar tal teoria não quer dizer ficar em cima do muro, não definir suas ações e pensamentos. E tem uma coisa. Política de boa vizinhança não funciona plenamente, ou melhor, eternamente. Até o Brasil, na época da 2ª Guerra Mundial não conseguiu permanecer com tal prática. Uma hora temos que nos posicionar. E aí, chegamos no ponto crucial. O que levaremos em conta na hora de optar por um dos lados do "muro"?
Vamos pela nossa ética, levando em consideração os prós e contras, analisando posicionamentos, atitudes, ou vamos simplesmente pela maré que achamaos estar em alta? Qual o preço você está disposto a pagar? Pense nisso!

E o ano se inicia...de verdade

O ano se inicia de verdade com o retorno às aulas. Pais, filhos e estudantes retomam sua rotina.
E o que esperar do mês de março? Calor! Parece que ele vai perdurar por um bom tempo, acompanhando nossos dias e fazendo o suor escorrer.
Nas salas de aula teremos aquele calor infernal, pois os ventiladores não dão conta. Pior é o professor que pega a turma depois da aula de Educação Física; ui!!! Aqueles meninos enormes, com os hormônios a mil, e aquele suor escorrendo. Para as gurias basta aqueles gritinhos: "Ai sora!!! Fulano tá fedendo!"
Lembro na época em que era estudante...como era bom o retorno. Rever os colegas, aquele gatinho que fazia nosso coração bater mais forte, o material novinho; que seria utilizado com todo capricho (pelo menos nas primeiras semanas).
Passávamos a ultima semana de férias organizando o material, encapando os cadernos, organizando os lápis no estojo e a mochila nova. Em cima da cama ficava espalhado o uniforme, lavadinho e passado para o primeiro dia de aula. Engraçado lembrar disso.
O primeiro dia de aula era antecedido por uma insônia, devido aos 3 meses de TV até altas horas.É Tv sim. Naquela época não tínhamos computadores e nem fícavamos até altas horas da noite na rua com os amigos.
Pois bem...Hoje já não tenho todo esse entusiasmo do volta às aulas. Até porque estou do outro lado. Faço a recepção das "crias" e seus apavorados pais no primeiro dia de aula de seus filhotes. Aquelas carinhas te olhando...uns todos sorrisos, outros, com lágrimas nos olhos e braços agarrados nos pais.
Pois bem...um bom retorno a todos. Um bom início real de 2010...e...esperar as próximas férias.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

2 horas de pânico

O telefone tocou lá pelas 14h. Vi que minha mãe ficou tensa..."Minha irmã foi assaltada" - pensei. Logo minha mãe me olha e diz que eles estão com ela. Minha irmã foi sequestrada. Daquele momento, fomos orientadas a não ligarmos pra ela e mais ninguém. Deveríamos sair imediatamente, indo sacar a quantia já estabelecida. Não pergunte sobre como ela está, falou o cara. Dinheiro depositado...o telefone não mais tocou. A fé foi sendo abandonada e trocada pela certeza de que um novo contato não seria realizado. E não foi.
Eu vi minha irmã sendo morta, um tiro na cabeça...às vezes no peito... Vi ela em seu enterro, mas pensei que ela não gostaria de ser enterrada...Poderíamos doar seus órgãos??? Fiquei pensando...e tive a certeza do porque acreditávamos - ou queríamos tanto - em Deus...se não fosse pela fé - que animou nossas ações - não teríamos feito nada. Teríamos muita sorte se ainda conseguíssemos ter seu corpo de volta. Lágrimas...agora só nos restava isso.




A história é verdadeira..e aconteceu comigo, com minha família. Porém...tudo não passou de um golpe...no qual todos tiveram sorte. Sorte???? Como falar em sorte se perderam dinheiro??? Bem, façamos as contas...
Nós temos minha irmã, viva e linda, sem prejuizos emocionais. Minha irmã não foi tocada, ameaçada e tava sorrindo com seus amigos (enquanto eu e minha mãe percorríamos a cidade, deseperadas para atender as ordens)...e os caras...bem, ganharam uma quantia...nada demais... mas dá pra fazer uma festinha...espero que no Inferno!!!!
Tudo que aconteceu...com certeza não chegou nem perto de todas as possibilidades que haveriam se realmente tudo tivesse sido verdadeiro.


Vê, te amo!!!!!! E seria insuportável pensar em viver sem você!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

BBB

Não... não irei comentar a respeito do Big Brother Brasil que passa na rede Globo. Mas no BB que ocorre em nossas vidas.
Quantos amigos tivemos, convivemos. Quantos amigos foram embora...uns com tempo para se despedir, outros expulsos por nossos instintos de proteção ou qualquer outra coisa que aqui, não consigo nomear.
Percebo que às vezes escolhemos aqueles que vão embora. Mas, o mais bacana é sentir aqueles que, um dia foram embora...e quando a gente menos espera estão de volta em nosso círculo de relacionamentos. Esses são seres especiais.
Tenho seres especiais na minha vida. Alguns. São poucos mas, tão especiais que fazem florescer sentimentos indefiníveis em meu coração.
São pessoas com brilho próprio, e que quando aparecem, de certa forma, nos auxiliam na escolha de nossa caminhada: o que fazer, com quem fazer, o que ser...
Estou apaixonada pela vida...e pelo encanto que algumas pessoas me oportunizam.Não sei se de alguma forma, um dia, poderei exprimir tudo isso que sinto...mas é algo tão especial...que poderia dizer que são milagres da minha vida.
É bom ter a chance de sentir isso...mesmo quando no mesmo instante sinto tanto desprezo por outros seres. Não sei se é desprezo a palavra.Mas algumas pessoas não me fazem sentir um tantinho de admiração. Não as quero mal...simplesmente não as tenho como seres brilhantes, capazes de me fazer melhor ou vice e versa.
Nesse BBB da vida, às vezes, temos que mandar pessoas pro paredão...
Felizes daqueles que podem sair juntos da casa...e são essas pessoas que quero ter comigo...a cada dia, em cada lembrança feliz, em cada carinho ou lágrima que rola...
Aos meus verdadeiros amigos...estejam perto ou distante, eu AMO VOCES!!! Obrigada por darem brilho à minha vida e me inspirarem a ser uma pessoa cada vez melhor.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Entre águas...

2010, o ano entre águas. Vieste a este mundo sendo celebrado debaixo das águas que caiam dos céus. Doce água, que parece ter limpando os sentimentos ruins, as angústias e tormentos do ano que se despedia.
Para celebrar e pedir vibrações positivas, mais uma vez fomos à água... Oh minha doce água salgada...meu doce mar. Ali pulamos as 7 ondas e pedimos à Iemanja: amor, saúde, alegria, paz, ...
E durante toda a noite a chuva não nos deixou secar. Fomos regados...de amor, de alegria e sorrisos.
E quando nem a água do mar ou a chuva bastavam, pedimos mais um pouco...e mergulhamos na piscina para celebrar. O quê? Não sei... Quem sabe a noite, a chuva, a companhia??
Quantos doces sorrisos...Tão sinceros e serenos.E que eles estejam presentes em todo o 2010...Sorrisos puros e doces como a água cristalina, que corre nas rochas, que espuma no mar...ou que caí do céu molhando nossos corpos calorosos de amor e paixão!

sábado, 2 de janeiro de 2010

2010...e novas emoções...

Primeira postagem do ano. Sinto-me bem. Um pouco cansada pelo excesso de preguiça que toma meu corpo. Na praia a vida é muito diferente. As férias oportunizam um descanso mental que as vezes dói. Mas estou bem.
Durante todo o ano de 2009 carreguei uma ideia de que, tudo que não fosse verdadeiro e real se romperia e que apenas se manteriam as coisas realmente verdadeiras. Pois bem...
Passei praticamente o ano de 2009 esperando por 2010. Esperando pela oportunidade de resolver "coisas" que eu acreditava estarem empacando minha vida. Pois tão logo o fim do ano se aproximou, e eu no lugar onde acreditava que poderia solucionar o problema, tenho visto meus pensamentos mudarem.
Ninguém poderá me oferecer a solução dos meus problemas. Não é possível que eu justifique minhas escolhas por ações passadas de outros.
Bem, eu descobri que quero ser feliz. E vou ser feliz.
Se fiz coisas erradas no passado, hoje tenho a oportunidade de fazer o certo, e é isso que importa. Não preciso do perdão, nem da benção de ninguém.
Meu coração agora, ao escrever, parece dar sinal de que minhas ideias são reais. E são. Quero que sejam, de verdade...
Li em um email que uma amiga enviou que não devemos pensar nas pessoas que passaram em nossas vidas no passado e que hoje estão ausentes. Se isso aconteceu, é porque tinha algum objetivo..
2010...que venham novas experiências...e que esse coração...não pare de suspirar, jamais... quero amar, ser amada e transmitir o amor por todo o meu corpo, minhas palavras e sentimentos.


Feliz 2010 para todos!