domingo, 25 de abril de 2010

Entre torres, muralhas e obstáculos...


Como é difícil se fazer entender, entender aos outros. Uma vez escutei algo que dizia mais ou menos assim: o que sai da sua boca, está sob sua responsabilidade. A forma como os outros vão receber o que dizes, não. Caberia esse ditado às nossas ações?
Às vezes fico escutando as pessoas falarem do jeito como eu sou. Nem sempre elas me compreendem, outras, o fazem de forma parcial ou distorcida.
Já passei por muitas coisas na minha vida. Algumas são tão bem guardadas que apenas existem em minha cabeça (e isso não é invenção dela). Escondo tantas coisas pois não gostaria de sentir o peso dos olhares piedosos. Não estou querendo me gabar pelas péssimas experiências que tive. Bem pelo contrário. Mas odeio quando me dizem: "Ah, eu também já passei por muita coisa, e blá,blá, blá...". Cada um com suas dores. Isso não justifica nada. Você pode optar como utilizar suas experiências. Fiz minha opção e devo me responsabilizar por ela. E por isso...
Ninguém me conhece inteiramente. Ninguém. Todos conhecem partes, às vezes superficiais, outras, penetrando na intimidade, mas jamais, um conhecimento íntegro.
Aprendi aos poucos, a olhar mais, escutar mais e esperar para agir. Pago um preço cruel por isso.
Algumas pessoas acreditam que me bloqueio, me escanteio do mundo, crio obstáculos às aproximações. Verdade. Sei que sou assim. O que ninguém sabe ou se pergunta é o porquê. Preferem se afastar. Perdem a chance de penetrar as muralhas e conhecer-me de verdade. E isso é possível. Para me conhecer não há necessidade de se saber por tudo pelo que passei. Fiz essa escolha há pouco tempo. Não contarei minha vida toda a cada pessoa que pisar nessa estrada chamada Bruna.
Mas, como pode alguém ultrapassar as barreiras e adentrar nesse território? Calma! Acredito ser mais fácil do que atravessar o México para entrar nos EUA (hehehe).
O difícil é encontrar pessoas com tal sensibilidade e elevação espiritual.
Hoje em dia ninguém quer descobrir, conhecer ninguém. As pessoas querem entrar na Internet e verem tudo sobre o outro: como é, como devo agir, como, como, como...
Passou o tempo em que as pessoas usavam semanas, meses das suas vidas se dedicando a alguém.
A Bruna de hoje não é a mesma de algum tempo atrás. Agora tenho a certeza do que quero e não desejo para minha vida. Vou ficar aqui, dentro da minha torre e tenho uma certeza, quem conseguir me tirar dela...realmente é merecedor de receber tudo que eu posso oferecer.

Um comentário:

LUCIANO STEFFEN disse...

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO - SOCIEDADE DO CONSUMO - SOCIEDADE DISSO - SOCIEDADE DAQUILO. Quando as pessaos voltarão a dar valor aos sentimentos e aos valores básicos da vida? Eis uma questão a se refletir....
Bjs Bruninha!!!!