segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Histórias que ficam na memória

Férias de inverno. Pela janela vejo a chuva que não para. O frio, deixa meus dedos congelados. É difícil dormir. Já que não há o que fazer, a internet se torna meu consolo.
Converso durante algumas horas com uma amiga e dentre as conversas, o assunto é felicidade e como esta foge de nossas mãos.
Mas por que esse susbstantivo é tão inatingível? Alguém, se quer ousa responder?
Não vou me deter a pensamentos filosóficos ou ideias astrológicas. Penso enfim, nas vivências do passado - e presente - basicamente resumidas em uma década e meia. Afinal, antes disso, provavelmente tudo era felicidade.
Me peguei relembrando de momentos, na maioria das vezes curtos, que passei com pessoas maravilhosas. Não digo aqui que minha felicidade foi resumida há casos amorosos. Foram muitos - ao meu ver - mas, a vida não é só isso.
Enfim, o que vem na minha mente enquanto analiso a felicidade que um dia, bateu em minha porta, mas infelizmente se deu como visita de médico, são momentos muito específicos. Fato que vem justificar a ideia de que felicidade, não é algo permanente.

Lembro de uma tarde na praça, onde rolei pela grama, brincando, com o filho de uma amiga. Me senti livre, de alma pura e num intenso extâse.
Lembro do mergulho no mar..não teve um específico. Mas, nos últimos anos tive como prática corriqueira para iniciar um bom ano. Limpar a alma dos pensamentos negativos, dos tormentos vividos durante 365 dias. Aquilo me purificava a alma e de alguma forma, fazia pensar que, o que passou no ano anterior, era como uma onda. Quando ela vem...faz algumas pessoas cambalearem, outras caírem. Mas tão logo ela derruba..todos se levantam..pra pegar a próxima que passar. Assim, como na vida, não são todas as ondas que conseguimos pular.
Lembro de acordar ao lado da Xica. Ficar abraçada nela, tão quentinha. Tão calma. Me sentia responsável por alguém, pouco importa que era um gato.
Lembro de uma entrega de boletins. Eu avisei pro meu aluno: "Quero tua mãe e teu pai na entrega do boletim!". Depois de um ano escolar onde vencemos - sim, eu e ele - muitos desafios, medos e limites, ele venceu. Surgiu pelo corredor, de calças novas, camisa pra dentro e cinto. Nas mãos trazia uma flor. Um sorriso iluminava seu rosto, mostrando os grandes dentes daquela fase de troca. Seus olhos brilhavam. Ele sabia que aquele era o dia dele. O dia em que teria em suas mãos a prova de que havia vencido uma batalha. Inesquecível!
Lembro da carta de despedida, mais linda que já recebi. Uma despedida dos momentos diários juntos, da companhia que me fazia sorrir e sentir amada. Cada retorno à sua leitura, são lágrimas que rolam. Mas...lágrimas de felicidades. Pois com ele fui feliz. Com ele tinha certeza do amor verdadeiro que vinha com as palavras "Eu te amo". Não eram, não foram apenas palavras.
Lembro, depois de vários anos de pesquisa pela Internet, quando finalmente reencontrei uma amiga. Sorri. Ali estava um personagem importante de uma pequena mas intensa parte da minha vida. Companheira das bagunças, dos xingões e das primeiras paqueras. Ainda lembro do dia, em que a vi sendo arrastada por um carro. Culpa das nossas "artes" em cima dos patins. Hoje, são boas lembranças (espero que não tenha ficado com cicatrizes).
São muitas as lembranças, momentos que ficaram guardados na lembrança, (isso é uma música!?) algumas inapropriadas de serem manifestadas...Felicidade enfim...é poder dizer...que tenho boas recordações pra guardar..e contar pra quem quiser ouvir.

2 comentários:

Verô. disse...

e eu escuto!

=D

Isadora Pitanga disse...

eu conheço o menininho com quem vc rolou na grama...kkk ;D