quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pulou, abocanhou e saiu disfarçadamente...

Às vezes me pego supreendida com algumas atitudes.
Não falo de homens, mulheres, crianças ou velhos.
Falo apenas, de um pequeno animal. Um mamífero, da classe dos felinos: um gato, ou melhor, uma gata.

A gata específica a qual me refiro se chama Xica. Xica Caxixa é seu nome. Às vezes a chamo de "Nega".
Já tive um peixe beta: Surreal. Muitos lembram de seu nome. Alguns, ao ouvir a palavra surreal, lembram de mim. Durou 1 ano e 8 meses. Lembro que, numa quinta feira, antes de sair para trabalhar, vi ela com olhos levemente esbugalhados e descolorida. Quando cheguei e a vi...lá embaixo do áquario, chorei. Dizem que peixe não interage. Refuto essa afirmação. Ao chegar, e me aproximar ela sempre vinha "nadando" feliz.
Depois, tive uma rata de laboratório. Pink (numa lembrança ao desenho animado Pink e Cerébro). Brincávamos e eu ria muito com ela. Minha mãe não gostava do seu rabo. Viveu 2 anos e meio. Morreu no último dia letivo de 2007. Enquanto eu terminava as roupas para apresentação dos meus alunos...ela se retorcia dentro de sua gaiola. Não vi. Apenas ouvi. Depois me senti mal por não tê-la socorrido. Mas, o que fazer?
Minha mãe estava me visitando. Que sorte. Não consegui tirá-la da gaiola.
Depois de dois anos sem animal de estimação (tem gente que diz que rato e peixe não vale. Deixa prá lá!) eu e minha irmã decidimos pegar uma gata.
Seu nome, escolhido durante uma caminhada em torno do Iguatemi. Ia ser a Xica. Com "X".
Depois de alguns meses fomos ao seu encontro.
Era praticamente um rato. Todo encolhido, parecia sem forças. Seu irmão...vivo, "arteiro", corria pelo pátio. "Esse bicho não vai vingar!" Eu, "bichenta" como sempre, já queria trazer o trio. A mãe lindíssima e o pretinho...que mais tarde viemos a saber que era pretinhA. Minha irmã me conteve.
Em casa, não demorou muito para percebemos em que furada tínhamos entrado. Logo, a Xica começou a desbravar novos lugares. Se escondia. Fazia artes. Abria a porta do banheiro quando ocupado. Miava sem aparentes motivos. Teclava no pc.

Hoje, estou mais que apaixonada por esse pequeno bichinho. É como um filho. Dorme ao meu lado, enrolada nos meus braços, envolta no meu pescoço. É o amor da minha vida (e isso, não lembro de falar para ninguém...Apenas para ela...hehehe).

Ontem, deu um probleminha. O segundo na verdade. O primeiro foi uma sarna, logo tratada e já curada. Deu uma diarréia no bichinho. Tadinho! Fiquei pensando se ela teria cólicas assim como nós.

Agora estamos nós, em prontidão. Desde ontem à noite, ela não come. Só soro caseiro.
Agora à noite, minha mãe chegou com uns pães de queijo e colocou sobre a mesa. Enquanto eu e minha irmã estavamos no computador e minha mãe aprontava a comidinha para a Xica...ela...
Na sua pose de ataque tradicional, na espreita...pulou e abocanhou um pão de queijo e saiu rapidamente para o banheiro. Saí a sua cata correndo e quase não consigo vence-la. Há quanto ela já não nos olhava, cuidando se a atenção não ia sobre ela. Tadinha...perdeu o pão...mas vai ganhar um cardápio especial hoje. Ao invés de sua ração tradicional, hoje ela terá arroz e peito de frango desfiado. Eu mereço!!!!


Um comentário:

Verô. disse...

...acho que nunca havia me apaixonado a primeira vista...xica caxixa, foi uma exceção!