sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desabafo de uma mente regada a vinho

Não sei como chamar esses sentimentos que brotam em mim. Na verdade, nem sei se são bons ou ruins. Sei que eles surgem. E já cansei de saber das coisas, bem antes delas acontecerem.
Pra quem não me conhece bem, não sei que imagem passo. Mas...eu sei muito bem "ler" o que se passa...ou vai passar. Apenas preciso dar mais valor a essas súbitas imagens de futuros que se lançam em minha mente.
Não sei por que não dou a elas a atenção devida. Possivelmente, pelo fato de querer acreditar nas pessoas.
Não sei se isso é um dom. Mas não gosto de ter sempre a razão. Já prefiro me calar. Ficar só a observar...e se estou calada, é isto que estou fazendo.
De repente, isso incomode a algumas pessoas. Esse jeito calado que tenho. Essa forma de olhar sem me manifestar. Alguns já têm a proeza de me compreenderem. Não se fazem necessárias as palavras. Mas são poucos! E então, para aqueles que não possuem tal percepção, possivelmente tenham uma imagem distorcida de mim.
Não esperem palavras doces da minha boca, se não, no caso em que elas realmente sejam verdadeiras. e não grito ao mundo minha forma honesta e verdadeira de ser: apenas faço!
Não sei quem é mais "babaca". Se eu, por fazer de conta que não percebo a minha própria percepção, ou se os outros...que acham que me enganam com suas frases prontas, muitas vezes ditas, e repetidas e tão pouco surpreendentes, pois apenas trasmitem o que provavelmente, todos queiram ouvir.
Sempre me considerei inteligente. E ainda acredito que sou. Provavelmente, seguindo Nietzsche, meu filósofo admirado, meus contemporâneos não estejam a minha altura para compreender meu ser. Mas...nesse mundo onde os valores estão tão corrompidos, e a vigarice, virou sinônimo - para alguns - de intelectualidade - prefiro ser louca - e burra!
Prefiro a pureza do meu ser, meu olhar gentil...e a minha crença, que parece utópica, de acreditar ainda nas pessoas, mesmo que com o tempo (e ele pode ser tão logo, quanto tão distante) elas me provem totalmente o contrário.

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